O juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais, negou pedido do empresário Leandro Queiroz Gontijo, que pleiteava o desbloqueio de bens e retirada do equipamento de monitoramento eletrônico. Proprietário de uma distribuidora de bebidas, Gontijo foi preso com R$ 1 milhão em casa durante a ‘Operação Ceres’, que apura esquema de desvio de cargas da fábrica da Ambev em Cuiabá.
Em outubro de 2023, cerca de um mês depois da prisão, o empresário teve a preventiva substituída por outras cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. À época, o juiz João Francisco Campos de Almeida estipulou prazo de 180 dias para que as medidas pudessem ser revistas.
Contudo, a defesa de Gontijo aportou nos autos pedido para retirada do equipamento, alegando que o monitoramento eletrônico tem causado prejuízos profissionais e psicológicos ao empresário. O Ministério Público, porém, rebateu, dizendo que a tornozeleira não traz constrangimento e que Leandro Queiroz Gontijo poderia usar vestimenta adequada para esconder o equipamento.
Outro pedido da defesa foi pela liberação dos bens bloqueados no âmbito da operação, ocasião em que foi cumprida ordem de penhora de R$ 12,7 milhões em desfavor dos investigados. Para o MP, o levantamento da indisponibilidade dos bens traria riscos ao resultado do processo.
Nas duas circunstâncias, o juiz do caso ratificou o entendimento do MP e indeferiu os pedidos da defesa de Leandro Gontijo.
(HNT)