O aposentado Aniz Bechara, de 89 anos, trava uma batalha jurídica contra a família Maggi, uma das mais ricas do mundo, pela propriedade de 300 hectares em uma propriedade nos arredores de Cuiabá. A informação é do portal UOL.
Bechara, que herdou as terras de seu pai, tenta provar na Justiça que as empresas dos Maggi estão utilizando de um instrumento legal destinado a proteger pessoas de baixa renda para se apossar da propriedade.
Segundo a reportagem, empresas controladas por Blairo e Eraí teriam ajuizado uma série de ações de usucapião contra o espólio de Feres Bechara, pai de Aniz, que começou a comprar terras na região na década de 1950. Os bilionários afirmam que compraram as propriedades de posseiros, que já ocupavam os terrenos.
O argumento dos Maggi é que as terras estavam ocupadas por terceiros e que os lotes foram comprados há “mais de 30 anos”. Foram apresentados registros de títulos de posse e laudos, de um perito contratado pelos Maggi, que comprovariam melhorias feitas nas áreas em disputa.
Bechara afirma que os Maggi só conseguiram comprovar a ocupação das terras a partir de 2013, apesar disso eles têm obtido vitórias na Justiça para conseguir a propriedade das terras. Em um dos terrenos, a empresa Bom Futuro, de Eraí Maggi, instalou uma pista de pouso.
Aniz, contudo, argumenta que os posseiros nunca foram donos das terras, mas invasores. Disse que nunca foi procurado pelos Maggi e só ficou sabendo do que havia acontecido quando foi citado no processo em que os bilionários pedem o usucapião de 300 dos 474 hectares que ele herdou do pai.
“Eles não compraram, não pagaram. Invadiram”, disse ao UOL.
Procurados, Blairo e Eraí Maggi disseram que só vão se pronunciar nos autos do processo, que tramita na 2ª Vara Cível de Cuiabá. (Repórter MT)