Ao revisitarmos o marco histórico de 24 de fevereiro de 1932, quando as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, somos levados a celebrar um avanço significativo na busca pela igualdade de gênero. No entanto, mesmo com essa conquista, a contemporaneidade nos confronta com desafios persistentes que clamam por nossa atenção.

A obtenção do direito ao voto em 1932 representa um pilar fundamental em nossa história, impulsionando a contínua luta por igualdade e participação feminina na esfera política. Contudo, ao analisarmos os cenários federal, estadual e municipal, constatamos que a representação feminina ainda se encontra abaixo de 30%.

Leia Também:

– Sonho de ter unidade do Hospital Sarah Kubitschek em Cuiabá pode se tornar realidade

Essa disparidade enfatiza a urgência em promover oportunidades equitativas. Nas eleições contemporâneas, as mulheres se deparam com uma cota de 30%, evidenciando uma lacuna significativa na busca pela igualdade de representação.

A voz feminina ainda enfrenta obstáculos, refletindo-se na limitação de sua participação. Este panorama revela que a luta por igualdade na política está longe de ser concluída. A busca por uma participação mais expressiva das mulheres na política continua como uma jornada essencial. A voz feminina merece transcender a marca de 30%, almejando uma representação equitativa de 50%.

A persistência nessa luta visa criar um ambiente político onde homens e mulheres compartilhem igualmente o espaço de decisão. Ao enfrentarmos os desafios atuais, reiteramos a necessidade de persistir na luta pela igualdade. Reforçar a voz das mulheres vai além da cota de 30% nas eleições. Juntos, podemos edificar uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde a representação política espelhe a diversidade e igualdade que buscamos alcançar.

Para corrigir a desigualdade de representação parlamentar entre os sexos, a legislação estabelece uma reserva mínima de 30% para candidaturas femininas. Apesar da aplicação dessa medida por quase duas décadas, os resultados ainda não refletem as expectativas. Mulheres ocupam menos de 10% dos assentos, embora constituam mais de 52% do eleitorado nacional, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral.

Em síntese, a luta persiste. Este artigo destaca a importância de continuar a batalha por uma participação justa e igualitária das mulheres na política brasileira. A construção de uma sociedade inclusiva demanda esforços contínuos, onde a representatividade política genuína seja uma realidade, não apenas uma promessa.

*ADRIANE MARTINS DA SILVA  é assessora parlamentar, Gestora Ambiental, Pedagoga, Bacharelada em Teologia, Pós-Graduada Perícia e Auditoria Ambiental e Pós-Graduada em Auditoria Pública.

 

CONTATO:                                                   www.facebook.com/adrianecba