Quase duas décadas depois, o Corinthians revê o mesmo adversário de uma de suas mais épicas viradas. Nesta quinta-feira, às 20h (horário de Brasília), o Timão enfrenta o Cianorte pela primeira fase da Copa do Brasil, a mesma competição da histórica partida de 19 anos atrás.
Tal como agora, em 2005 o Corinthians também reformulava seu elenco. Porém, com nomes bem mais estrelados. Era o início da parceria com a MSI, e o clube havia contratado Tévez, Carlos Alberto, Roger e outros nomes de peso.
Já o paranaense Cianorte tinha apenas três anos, mas não se intimidou no duelo de ida da segunda fase da Copa do Brasil. Comandado pelo técnico Caio Júnior, o time recém-criado deu um baile no Timão na estreia de Daniel Passarela e venceu por 3 a 0.
– A gente foi pego desprevenido pelo que o time apresentou e pelo Cianorte, né? A gente não tinha nenhuma informação, tinha pouquíssimos detalhes do que o time deles podia apresentar – relembra Roger, hoje comentarista da Globo.
Os jogadores recém-chegados ao Corinthians sentiram a pressão pelo resultado ruim, mas também receberam o apoio da Fiel torcida, que lotou o Pacaembu. 34 mil pessoas pagaram ingresso no jogo da volta, em 6 de abril.
O Timão precisava de uma vitória por três gols de diferença para pelo menos levar o jogo para os pênaltis. Na época, o gol fora de casa ainda era critério de desempate no torneio.
Empurrado pela torcida, o Corinthians saiu na frente logo no começo do jogo com um gol de Tevez, mas Édson Santos empatou ainda na primeira etapa, em gol que deveria ter sido anulado por impedimento. Para conseguir a classificação, o Timão precisava de mais quatro gols, o que parecia praticamente impossível.
Porém, ainda no fim do primeiro tempo a chama da esperança foi acesa novamente, graças a um gol de Roger.
– Ali volta a criar essa atmosfera, essa crença que a gente poderia sair classificado – relembra o ex-meia.
A virada épica se confirmou no segundo tempo, mais uma vez com gols de Tevez e Roger, além de Gustavo Nery.