O Fortaleza desembarcou na manhã desta quinta-feira na capital cearense após o ataque sofrido na madrugada. Depois do empate contra o Sport, na Arena Pernambuco, pela Copa do Nordeste, o ônibus que levava a delegação foi apedrejado. Pedras e uma bomba foram arremessadas na lateral do veículo, quebrando vidros e ferindo seis jogadores.
No desembarque foi possível ver Dudu com braços e perna esquerda enfaixados. João Ricardo estava com curativo na testa. Titi, Brítez, João Ricardo, Lucas Sasha, Dudu e Escobar foram os atletas feridos no episódio.
Tinga comentou sobre o episódio vivido na madrugada e deu detalhes sobre o momento que a bomba e pedra acertaram o ônibus do time.
– Era para ter sido pior pela bomba e tamanho das pedras, não temos noção ainda do que aconteceu, não dormi ainda, estou em choque. O ônibus seguiu, mas vem o desespero, porque estava todo mundo nervoso. Isso tem que acabar, somos trabalhadores também e isso é triste.
Jogadores do Fortaleza são atingidos por bomba e pedras no ônibus após jogo contra o Sport
O jogador disse que o elenco não quer voltar a jogar nos próximos dias e defendeu que os responsáveis pelo ataque sejam punidos. Um vídeo mostra a uniformizada do Sport planejando o atentado: “A hora é essa”.
– Não penso em jogar agora. Nosso time está decidido a não jogar, vamos esperar todo mundo se recuperar, é uma covardia o que fizeram a gente. Precisa punir, o Sport precisa punir a torcida organizada. A violência está chegando em um ponto que só vai melhorar quando acontecer uma fatalidade. Temos que punir para que não aconteça.
– Não sabemos ainda, não dormimos e estamos em estado de choque. Não estamos acreditando que isso aconteceu com a gente e foi terrível. Situação de guerra. Companheiros sangrando, com estilhaços de vidro. Agora vou para casa aproveitar minha família, não estou pensando em jogar no momento. Vamos esperar – completou. (GE)