O volume de exportações de carnes de aves e suínos produzidas em Mato Grosso aumentou em 2023 em 22,94% e 44,35 %, respectivamente, e a previsão da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de que essa alta continue neste ano.
Em janeiro, o país já superou em 11,7% o total exportado em janeiro de 2023. Mato Grosso é o quarto maior em volume do país e exportou 2,6 mil toneladas a mais, perfazendo 25,8% do que tinha comercializado para outros países em janeiro do ano passado.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a pedido de O Documento.
Em 2023, as exportações de carne suína oriundas de Mato Grosso foram 44,35% maiores com embarque de 31,1 mil toneladas em 2023. A receita obtida também cresceu em 43,2% alcançando US$ 61,3 milhões.
Dentre os principais destinos estão Hong Kong + China (9,8 mil toneladas), Vietnã (4,1 mil toneladas), Angola (3,3 mil toneladas), Geórgia (2,7 mil toneladas) e Uruguai (2,1 mil toneladas). “Há uma diversificação nos destinos de exportações de carne suína, com o estabelecimento de maior demanda em determinadas nações da Ásia. Neste mês, também vimos países das Américas, como Chile e Estados Unidos, reforçarem suas compras”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Aves
Os embarques de aves produzidas em Mato Grosso apresentaram aumento de 22,94% atingindo 113 mil toneladas no ano passado. Em 2022, o volume embarcado chegou a 91,9 mil toneladas. A receita obtida foi 16,88% maior e atingiu US$ 225 milhões em 2023.
O Japão é o principal consumidor dos frangos produzidos e exportados pelo Estado. Em 2023, foram adquiridas 21,3 mil toneladas de aves, seguido por Arábia Saudita (18,9 mil toneladas), Emirados Árabes Unidos (18,9 mil toneladas), China (7,8 mil toneladas) e Iêmen (6,8 mil toneladas).
No mês de janeiro, o Brasil exportou 404,9 mil toneladas de carne de frango, entre in natura e processados. “Apesar do quadro complexo em torno do mar vermelho, as nações do Oriente Médio seguem em destaque, com altas significativas nas importações”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
(ODOC)