A escolha do governador Mauro Mendes pelo nome do deputado Eduardo Botelho para ser candidato a prefeito de Cuiabá pelo União Brasil põe fim à novela entre o parlamentar e o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, e inicia uma nova fase na política eleitoral de 2024: as articulações partidárias para a escolha do vice de Botelho. E não faltam interessados. Logo após o anúncio nas páginas do União Brasil, parlamentares estaduais e vereadores já demonstraram interesse e iniciaram a “romaria” ao gabinete do pré-candidato.
A vereadora Maysa Leão, por exemplo, lembrou que já havia sido convidada a compor a chapa de Botelho há alguns meses e afirma que, a princípio, o projeto é buscar a reeleição no Legislativo municipal, mas coloca o nome à disposição do partido.
“As pessoas já estavam cansadas de esperar e essa escolha vinha sendo prorrogada. Com a definição, agora os outros partidos certamente vão poder se posicionar. O Republicanos certamente vai se reunir para discutir isso. Meu desejo pessoal é continuar como vereadora”.
O maior nome do Republicanos é o do vice-governador Otaviano Pivetta, que ainda não veio a público comentar a escolha de Mauro. Já o deputado Diego Guimarães, que é o partido, disse que ainda é cedo para as tratativas. Vale lembrar que o deputado tem o sonho de ser candidato a prefeito. “Meu nome está à disposição”, disse, lembrando que tem grande proximidade com um dos principais rivais de Botelho na disputa, o deputado federal Abilio Brunini (PL).
O deputado Paulo Araújo, presidente do Progressistas, lembrou que o PP havia feito convite para Botelho se filiar ao partido caso não encontrasse espaço dentro do próprio União Brasil, o que acabou sendo contrariado.
“Evidentemente, certamente, tudo é possível”, disse Araújo à imprensa, sem, contudo, apresentar nomes para o pleito. Vale lembrar que o PP é o partido do ex-senador, ex-governador e ex-ministro do Agricultura Blairo Maggi, aliado de Mauro. Outro vereador que já falou em uma composição com Botelho foi Kássio Coelho, que agora comanda o PRD. O principal nome da nova sigla é o do Pastor Marcos Ritela, mas ele busca protagonismo no pleito.
Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Dilmar Dal Bosco (União) comemorou a escolha de Botelho, lembrando que o presidente da AL tinha preferência entre os membros da bancada estadual. Para ele, a decisão de Mauro além de colocar um fim à novela entre Botelho e Fabio, diminui qualquer chance ou rumor de debandada do partido.
O próprio Botelho, por sua vez, disse que conversou com o governador e o gestor garantiu que não tinha a intenção de indicar nomes para compor a chapa como vice e, em caso de vitória nas urnas, nomes para o secretariado de Botelho.