Sendo ou não fã de corridas automobilísticas, mais precisamente de Fórmula 1, é impossível não ter ouvido falar de Ayrton Senna. Ele foi um dos maiores pilotos de todos os tempos, afinal, colecionou vitórias nas pistas do mundo todo. Conforme o tempo passava, mais conquistas o brasileiro conseguia e assim foi até o dia de sua morte.

Além disso, Ayrton Senna está entre os pilotos de Fórmula 1 mais influentes e bem-sucedidos da era moderna e é considerado um dos maiores pilotos da história do esporte.

Na penúltima semana de janeiro, que foi a semana do falecimento do piloto, um relógio que ele usou foi devolvido para o fabricante depois de 30 anos. Quem entregou o relógio foi Mike Vogt, que foi gerente de marketing da TAG Heuer e era amigo de Senna.

Relógio

Aventuras na história

O relógio em questão foi criado em parceria com Senna pouco tempo antes do acidente do Grande Prêmio de San Marino em 1994 que tirou a vida dele. O acessório foi usado pelo piloto no final de semana da corrida, mas Senna entregou o relógio para Vogt antes do acidente.

De acordo com O Globo, Vogt disse que guardou o relógio em um cofre esse tempo todo porque, na visão dele, era falta de respeito usá-lo. E a única vez que ele colocou o acessório no braço foi momentos antes de devolvê-lo à TAG Heuer.

Depois dessa devolução, que demorou dois anos, a peça será parte do acervo de uma exposição a respeito de Senna. Nela, também estão expostos outros objetos, como capacetes de corrida e outros relógios produzidos pela TAG Heuer em colaboração com o piloto.

Parceria

Vogt conheceu Senna quando ele trabalhava para a TAG Heuer, que na época patrocinava a McLaren, então equipe do piloto. Em 1994, a William contratou Senna, mas mesmo assim a marca de relógios continuou a parceria com ele.

Juntos, a marca e o piloto criaram o slogan “levado à perfeição” e criaram um mostrador que tinha um “S”, de Senna, vermelho além do “tipo preferido de pulseira de couro” dele.

O piloto recebeu o protótipo do acessório e o usou no final de semana do acidente no Grande Prêmio de San Marino. De acordo com Vogt, Senna o deu de presente o relógio depois que ele ouviu que ele queria comprar um “imediatamente”.

Depois que Senna morreu, Vogt sentiu que tinha um compromisso “de tornar o relógio um sucesso”. Então, a TAG Heuer vendeu mil exemplares e doou os lucros para o Instituto Ayrton Senna, criado pela irmã do piloto, Viviane.

Senna

Revista Bula

Senna começou sua carreira competindo por kart, e era conhecido como “42”, número que utilizou nos campeonatos nacionais. Mudou-se para competições de automobilismo em 1981, consagrando-se campeão do Campeonato Britânico de Fórmula 3 após dois anos de sua estreia.

Seu bom desempenho na Fórmula 3 impulsionou sua ascensão à Fórmula 1, o que fez com que sua primeira aparição na categoria do Grande Prêmio do Brasil, de 1984, pela equipe Toleman-Hart, fosse impulsionada.

Desde então, Ayrton Senna é um ídolo nacional que ultrapassou gerações, e quanto mais famoso ele foi ficando, mais as pessoas se interessavam em sua vida pessoal. Tanto que existem algumas polêmicas sobre ele. Mostramos algumas delas.

Relação com Xuxa

Entre 1987 e 1988, Ayrton Senna namorou a rainha dos baixinhos, Xuxa. E mesmo depois do fim do relacionamento, vários fãs acreditavam que o casal voltaria um dia.

Depois de muitos anos, em uma entrevista no Alta Horas, Xuxa revelou que cogitou ir atrás de Senna nos anos depois que eles terminaram. Ela até revelou que tentaria vê-lo na Itália depois do GP de Ímola. Esse encontro nunca aconteceu, visto que o piloto faleceu em um acidente nessa corrida.

“Me lembro que no sábado eu ia terminar umas músicas, domingo ele ia correr, e eu falei que na segunda-feira eu ia atrás dele. E disse: ‘Estou com um pressentimento de que ele vai se machucar, e vou atrás dele’. Fiquei falando muito dele. Depois vieram me contar que no sábado ele também ficou falando de mim, uma das coisas que ele disse é que ia conversar comigo”, disse Xuxa.

Além disso, Xuxa também revelou que ela não tinha o objetivo de separar Senna.

“Não deu porque não existiu mais à frente. De repente poderia estar ele casado com alguém, e obviamente eu não faria isso. Mas como ele ainda estava namorando, eu resolvi ir atrás dele. Mas não aconteceu. Vai ficar sempre no ‘não sei’”, pontuou.

Sexualidade

Em 1987, o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet, chegou a afirmar que Ayrton Senna era gay. A declaração foi dada quando, em uma entrevista, um repórter perguntou à Nelson o que ele achava de mesmo ele tendo ganhado o campeonato, o centro das atenções ainda ser Senna. Então o piloto respondeu: “vai perguntar a ele [Senna] por que não gosta de mulher”.

Essa declaração tomou proporções gigantes depois do jornalista ter escrito uma matéria completa sobre a sexualidade de Ayrton Senna. Em 2020, esse assuntou voltou à tona quando Nelson deu uma entrevista no canal de Junior Coimbra no YouTube.

O ex-piloto disse que, na época, seu advogado levantou a possibilidade que o casamento de Senna poderia ter sido anulado por traição pelo mesmo sexo. No entanto, esse boato foi desmentido pela esposa de Senna.

“Não teve anulação. Apenas nos separamos. Foi isso. Tenho todos os documentos, não devo nada para ninguém. Ele era meu. Morei dois anos com o Ayrton em Norwich, condado de Londres, uma casa muito boa. Foi uma coisa muito bacana, aproveitamos muito. Eu lavava, passava, costurava, fazia de tudo. Era dona do dinheiro, porque ele não gostava de mexer com dinheiro. Tivemos uma paixão muito grande. Um amor grande um pelo outro. Ficamos muito juntos”, comentou Lilian Vasconcellos.

Tragédias seguidas

Antes do fatídico primeiro de maio de 1994, quando Ayrton Senna morreu, outras tragédias marcaram o fim de semana da Fórmula 1. No dia anterior à classificação, o piloto Ronald Ratzenberger, que corria na MTV Simtek, faleceu.

Além dele, Rubens Barrichello quase teve um acidente fatal na sexta-feira. Acidente esse que também foi de alto impacto no autódromo de San Marino. Esse acidente afastou Barrichello temporariamente das pistas.

Vendo tudo isso acontecer, Ayrton Senna estava inquieto e até chegou a pedir o cancelamento da corrida. Contudo, a FIA descartou a solicitação do piloto. O jornalista Giorgio Teruzzi cobriu a corrida e relembrou uma conversa do piloto com sua então namorada Adriane Galisteu.

“Tudo está uma merda, um austríaco bateu e se matou. Eu vi tudo. Morreu na minha frente. Sabe de

(BRUNO DIAS)