Antes que os danadinhos de plantão pudessem usar os lubrificantes modernos para as práticas sexuais, um longo caminho teve que ser percorrido. Por exemplo, um fato que muitos desconhecem é que o primeiro lubrificante existente no mundo para tal tipo de uso, na realidade, é um ingrediente famoso nas cozinhas do mundo inteiro: o azeite de oliva.

Enquanto o lubrificante comercial moderno só foi inventado no início do século XX, as sociedades antigas precisavam encontrar outras opções disponíveis para facilitar a penetração durante o sexo. E uma dessas opções era o azeite, comumente usado pelos romanos em séculos passados para atingir o prazer sexual.

Passado do azeite

(Fonte: Getty Images)

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Assim como os antigos romanos, os gregos também gostavam muito de sexo e eram extremamente abertos em relação ao sexo anal e à homossexualidade masculina. Além disso, eles usavam o azeite de oliva para praticamente tudo. A primeira menção ao azeite como lubrificante data para 350 a.C.

Nessa época, os consolos gregos eram feitos de couro acolchoado e, pasmem, untados com azeite. Sexólogos acreditam que o azeite era provavelmente o lubrificante preferido tanto pelos antigos gregos quanto pelos romanos. O líquido também funcionava como anticoncepcional, conforme mencionado por Aristóteles em um texto — embora o azeite definitivamente não previna a gravidez.

De todo modo, o azeite é um lubrificante eficaz e seguro até hoje, mesmo que não seja a opção mais comum de se ver. No entanto, vale ressaltar que não é seguro usar o azeite como lubrificante somado ao uso de preservativos à base de látex, uma vez que eles quebram toda a proteção do método.

Mudanças no mundo

(Fonte: Getty Images)

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O célebre “KY” é conhecido por ser o lubrificante mais famoso ao redor do mundo e certamente seria uma das invenções favoritas dos antigos gregos e romanos. Contudo, esse produto só foi ser comercializado no início do século XX e seu objetivo inicial era apenas ser um auxiliar cirúrgico.

A substância à base de glicerina logo se tornou popular para o sexo e, eventualmente, a empresa “KY” aceitou o seu destino como o lubrificante mais popular de todos os tempos. Nos anos mais recentes, o KY caiu um pouco em desuso graças às críticas sobre o seu potencial para reduzir a fertilidade.

Algo parecido aconteceu quando a vaselina foi patenteada em 1872 e, embora nunca tenha sido destinada ao sexo, há muito tempo é usada para isso. Mas se mesmo com as tecnologias modernas você quiser fazer amor como seus ancestrais, os óleos vegetais continuam sendo uma opção confiável e não convencional. Como dito anteriormente, o azeite é uma opção bem simples, mas você também pode optar pelo uso do óleo de coco. Porém, vale ressaltar: se você tem tendência a sensibilidades cutâneas ou infecções fúngicas, é melhor não arriscar e se manter no óbvio!

(PEDRO FREITAS)