O renomado repórter investigativo Roberto Cabrini, sucesso da TV Record, requereu, em regime de urgência, autorização para entrevistar Edgar Ricardo de Oliveira, autor do crime que ficou conhecido como ‘chacina da sinuca’ ou ‘chacina de Sinop’, cidade distante 487 km de Cuiabá, onde o crime ocorreu. A entrevista, caso autorizada pela Justiça, será feita dentro de uma das salas da Penintenciária Central do Estado (PCE). De acordo com o documento, a reportagem já recebeu o aval do próprio réu e de sua defesa, comandada pelo advogado Marcos Vinicius Borges, que acabou ficando conhecido como ‘advogado ostentação’.

Ao requerer o encontro, Cabrini destacou seus predicados como repórter investigativo, incluindo os inúmeros prêmios que recebeu ao longo da carreira e recentes entrevistas, como no caso do menino Henry e do cantor MC Kevin, cujas matérias jornalísticas acabaram servindo como elemento de prova no decorrer das ações penais.

Cabrini também argumentou que seria impossível conduzir um trabalho jornalístico sem fornecer a Edgar a oportunidade de ser ouvido ao longo da reportagem.

“O requerente pratica um jornalismo que busca observar total isenção na produção das matérias jornalísticas. Essa isenção só é conquistada quando se consegue ouvir todas as partes importantes de uma disputa judicial. E, neste caso, é o que se está tentando fazer”, diz trecho.

Nos pedidos, Roberto Cabrini solicitou autorização para uma entrevista exclusiva com Edgar para ir ao ar em um dos programas da Rede Record de Televisão. Caso o requerimento seja deferido, o jornalista requer que a reportagem possa ser gravada o mais breve possível.

Além de Cabrini, um produtor, um operador de áudio e um cinegrafista compõem a equipe que deve adentrar nos corredores da PCE, caso a entrevista seja autorizada.

CHACINA DA SINUCA

Conhecido como ‘chacina da sinuca’ ou ‘chacina de Sinop’, o crime que chocou o Brasil ocorreu está prestes a completar um ano neste mês. Edgar Ricardo de Oliveira e um comparsa, Ezequias Riberio, jogavam sinuca em um bar e, em decorrência de sucessivas derrotas em partidas apostadas, executaram sete pessoas, dentre elas uma adolescente.

Ezequias Ribeiro morreu em confronto com a polícia depois de fugir do local. Já Edgar se entregou após constituir advogado, foi sentenciado ao Tribunal do Júri e aguarda preso a designação do julgamento.

(HNT)