CRISTHIANE ATHAYDE
Publicitários (e comunicadores em geral), atenção! Na selva competitiva do mercado, vocês são verdadeiros super-heróis da criatividade, moldando marcas exclusivas que têm o poder de brilhar na escuridão. Contudo, sem o registro adequado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), essas marcas são como o Batman sem seu icônico Bat-Sinal: lutam para serem reconhecidas.
Aliás, o homem-morcego dos quadrinhos e filmes tem o Bat-Sinal para ser identificado – e convocado – de longe. Suas marcas, publicitários, merecem o mesmo. O registro é o símbolo que grita “Ei, nós estamos aqui!” no tumultuado céu da comunicação. Sem ele, a identidade da marca fica camuflada entre as luzes da concorrência. Por vezes, ela se perde para terceiros antes mesmo de chegar às ruas.
Sabemos que no mundo da publicidade, assim como em tantas outras áreas de atuação profissional, há vilões disfarçados que adoram se apropriar de ideias alheias. Logo, o registro de propriedade intelectual funciona como um escudo jurídico à prova de cópias, protegendo a genialidade da sua criação contra os Coringas e Arlequinas da concorrência desleal. E, convenhamos, eles existem aos montes e podem ser implacáveis.
Inclusive, se o Bat-Sinal é um alerta para Gotham City sobre a presença do herói, marcas registradas servem como um alerta global sobre a autenticidade e originalidade da sua criação. É o farol que guia clientes, parceiros e fãs até você. Conscientizá-los sobre a importância da proteção da propriedade intelectual é mais do que valorizar o próprio trabalho, é lutar pelo futuro de tantos projetos. Cerca de 80% das marcas criadas sem sua expertise, quando chegam na Domínio Marcas e Patentes, não são nem registráveis.
Assim como Gotham conhece e confia no símbolo do Batman, suas marcas (e clientes) merecem um legado inesquecível. Marcas registradas transcendem modismos temporários, assegurando que a identidade criada por vocês seja uma lenda duradoura em seu universo. E elas podem existir para sempre: a cada dez anos, se não houver mudanças significativas, seus titulares podem prorrogar a proteção por mais 10 anos no INPI.
E se quer saber, Batman é marca registrada no INPI, titularidade da DC Comics, que também possui os direitos autorais. Mas, na ficção, ele é visionário: suas invenções tecnológicas, como dispositivos e equipamentos exclusivos, do Batmóvel ao traje de combate, poderiam ser patenteados (invenção ou modelo de utilidade). Sem contar os segredos comerciais: seu know-how, as técnicas específicas de treinamento e métodos exclusivos.
Publicitários, neste mês que celebra seu dia e em todos os outros, lembrem-se: “mais louco que o Batman” é aquele que não blinda suas invenções. Continuem a alertar seus clientes, registrem suas marcas, iluminem o céu da sua presença e garantam que o mundo reconheça e reverencie a genialidade por trás de cada peça. Façam da propriedade intelectual o superpoder que dá às suas criações a força para enfrentar desafios no mercado.
(*) CRISTHIANE ATHAYDE é empresária e diretora da Domínio Marcas e Patentes.
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