Reprodução: Dante de Oliveira em foto 30 anos após o êxito da semente democrática que plantou com sua emenda parlamentar conhecida como Direta Já, e tendo ao fundo, na parede, retrato de quando era então um jovem deputado federal eleito por Mato Grosso, época em que apresentou a medida

Então um jovem político natural de Cuiabá, que já tinha sido deputado estadual em Mato Grosso e tempos depois já era deputado federal, viu florescer sua emenda por eleição direta no Brasil, tendo como ponto culminante desse que se tornou o maior movimento cívico da história brasileira. Uma demonstração desse cresimento foi o comício realizado na Praça da Sé, em janeiro de 1.984, em São Paulo.

O ato considerado como marco do início de manifestações iniciadas timidamente um ano antes, ou seja, em 1983, mas que ganharam dinâmica e se tornaram posteriormente uma das maiores arregimentações da história do país, com a realização de grandes comícios no Rio de Janeiro e outras capitais. A proposta de Dante alterava o sistema de eleição instituído pelos militares, no qual um colégio eleitoral reduzido formado por parlamentares, mas sem o voto direto da população apta a votar em eleições elegia o presidente da República.

Biografia

Falecido prematuramente em Cuiabá, 6 de julho de 2006 e, Dante de Oiveira é dono de uma das biografias mais edificantes da história política de Mato Grosso e do páis. Foi ministro da Reforma Agrária durante o governo José Sarney. Por Mato Grosso, foi governador por dois mandatos, além de deputado federal e estadual. Foi também prefeito del Cuiabá por três mandatos,

Entenda o que foi

Há 40 anos, no dia 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé, centro da capital paulista, mais de 300 mil pessoas se reuniam durante o comício pelo voto direto para presidente da República. O evento não só deu visibilidade à campanha para a implementação do voto popular para a chefia do Poder Executivo, conhecida como Diretas Já!, como ficou marcado na história como símbolo de grande mobilização dos brasileiros, incluindo políticos, artistas, esportistas e trabalhadores de diversas categorias, contra a continuidade da ditadura civil-militar, que se estendia desde 1964.

Antes do evento da Praça da Sé, os comícios para chamar a atenção dos brasileiros para o tema começaram com pouca participação popular. O volume de participantes só aumentou com o maior apoio político e com o agravamento da situação econômica, no começo de 1984.

A campanha Diretas Já! foi iniciada em 1983 a partir da proposta de emenda constitucional apresentada pelo deputado Dante de Oliveira. A proposta alterava o sistema de eleição instituído pelos militares, no qual um colégio eleitoral formado por parlamentares, escolhidos pelo povo, elegia o presidente da República.

Os primeiros comícios das Diretas Já! ocorreram em março de 1983. Em junho, uma frente suprapartidária reuniu os governadores Leonel Brizola, do Rio de Janeiro, e Franco Montoro, de São Paulo, e o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva. Outros governadores se engajam ao movimento, entre eles Waldir Pires (PMDB), da Bahia; Roberto Magalhães (PDS), de Pernambuco; José Richa (PMDB), do Paraná; e Gerson Camata (PMDB), do Espírito Santo.

A mobilização contou com o apoio de várias instituições, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Quase todos os setores da sociedade, de todas as classes sociais, participaram. A mobilização popular levou milhares de pessoas aos cerca de 30 comícios organizados em 1983 e 1984.
Bases
Mesmo com a derrota, no dia 25 de abril de 1984, da emenda Dante de Oliveira, as bases para a democracia já estavam formadas. As lideranças capitalizaram a força do movimento para convencer o colégio eleitoral a encerrar a ditadura. Embora a mudança desejada não tenha ocorrido imediatamente, o movimento Diretas Já! sinalizou o início de uma transformação rumo à democracia no Brasil.

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