“É melhor que adie esse plano para ser discutido na próxima legislatura, do que passar neste formato tendencioso e cheio de vícios, criado pelo executivo, e termos um prejuízo muito maior, que mudará o rumo de Rondonópolis pelos próximos 30 anos” diz o delgado do CRECI-MT Vinicius Santana.
Aprovado pela Câmara dos vereadores, na última quarta-feira (17). O Plano foi aprovado em sua primeira votação sem alterações, as quais foram discutidas em audiências públicas realizadas com presença de representantes de diversos setores, onde foi observado a necessidade de mudanças via emendas em diversos pontos.
“A restrição do Plano Diretor aprovada em sua primeira votação, é tão grande e absurda, que prejudica fortemente principalmente a população de baixa renda, a industrializa, o crescimento e a geração de emprego, e faz com que os investimentos imobiliários, comerciais, industriais e de serviços sejam direcionados para outras cidades do estado, como Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde e Sinop. Estou extremamente preocupado caso o plano em seu formato encaminhado pelo executivo seja aprovado pela câmara em sua segunda votação, que acontecerá acontecer nesta quarta(24), O impacto social, emprego e renda será negativo de forma gigantesca”, afirmou o delegado Vinicius.
O mercado imobiliário e a construção civil são os mais afetados, exemplo pode ser citado a criação de zonas de amortecimento e de áreas de risco, próximas a parques, aldeias indígenas, córregos, rios e áreas de proteção, que vão atingir 60% do território do município, e com isso não havendo possibilidade de construção. Vinicius Santana pontua de acordo com essas mudanças não apenas a construção civil será afetada, mas muitas famílias que moram há anos na cidade e vão passar a ficar em área ilegais.
O CRECIMT, presente no município também cita a preocupação com a verticalização que está hoje em pleno crescimento, e com o Plano da forma que foi aprovado, um edifício que teria 25 andares só poderá ter 6, e um edifício que poderia ter 40 andares só poderá ter 10, mas a forma horizontal não deixou de ser atingida, onde condomínios ou residenciais que teriam 400 lotes, por exemplo, terão que passar a ter bem menos.
O presidente do Conselho, Claudecir Contreira, se posiciona, junto com o delegado de Rondonópolis, Vinicius Santana, diretoria e conselheiros da autarquia, contra a aprovação do Plano sem as alterações, “essas que os corretores de imóveis do município participaram ativamente, e por isso cobra a Câmara Municipal de Rondonópolis, que faça cumprir essas mudanças cobramos via emendas, e garantia do funcionamento de áreas que já são um registro na cidade e produz o sustento de diversas famílias do município”, enfatizou o presidente.
(Primeira Hora)