BRUNA BERTHOLDO
Na véspera de ano novo muitos de nós estamos inspirados, entusiasmados e otimistas com um novo capítulo de nossas vidas. Uns fazem suas preces para agradecer, outros preferem rituais e simpatias para atrair os desejos. Esses são tantos que mesmo que começasse a contagem regressiva a partir da meia noite do dia 30 de dezembro seria insuficiente.
Passados dez dias do início do ano, será que aquela euforia se mantém? Será que o sorriso no rosto continua mesmo diante dos desafios que surgiram? E a coragem para alcançar os sonhos está firme? Da mesma forma, acontece no começo do namoro. Muitos de nós estávamos com o sentimento caloroso e palpitante. Pegava-se voo, escala, conexão para ficar um final de semana juntos. A tal da paixão. Vem o pedido do noivado. Emocionante! Viva Santo Antônio! Depois, começam os preparativos da íntima ou pomposa cerimônia, que a depender precisam de anos, meses ou dias de preparação para algumas horas de comemoração.
Enfim, sós. Chega o tão aguardado casamento. Aparecem as louças sujas, as contas vencidas, as compras de mercado, a falta de papel higiênico, os horários de trabalho conflitantes, pandemia, dor, frustração, rotina, obstáculos, machucados, roncos, ressentimentos, maus odores, choros de bebês… as imperfeições nunca antes vistas.
E para permanecer mutuamente benéfico, positivo, amoroso e equilibrado para o mais, como recomenda Bert Hellinger, na terapia da constelação, o casamento precisa de preparação, habilidade, dedicação, tempo, metas realizadas por cada um dos parceiros. Além, do abandono de valores, hábitos e pontos de vista da respectiva tradição familiar. Através da constelação familiar, esses antecedentes vêm à tona e soluções são possíveis.
Por exemplo, como a família do seu parceiro vê o dinheiro? Os seus pais resolvem um problema na gritaria e na agressividade? O que você quer levar para o seu casamento? O que mais seu parceiro ou parceira reclama de você? O que mais você gosta de receber dele ou dela?
Explico. Gary Chapman, autor do livro “As cinco linguagens do amor”, identificou cinco formas que casais se conectam e mantém vivo o amor emocional. Sendo essas: palavras de afirmação (amam elogio); atos de serviço (sentem amadas quando troca a fralda do bebê); presentes (é um bálsamo receber uma vara de pescar); tempo de qualidade (uma conversa é uma prova de amor); e toque físico (um carinho é um deleite).
Descobrir e priorizar o que é o que faz com que o parceiro ou parceira se sinta amado(a) é uma maneira de cultivar o casamento.
Mais um livro para elucidar (está dentro das minhas metas este ano aumentar quantidade de leituras), o “Poder da Ação”, do autor Paulo Vieira, ele esclarece o método de como agir em direção à vida que deseja e a estabelecer metas para isso. Trazendo para a relação de casal, lhe pergunto: Como está o seu relacionamento hoje? No dia 31 de dezembro de 2024, como quer que esteja seu casamento? Como você irá conseguir fazer o que quer? O que renuncia para ter a relação que deseja?
Aqueles sentimentos positivos e percepções do início mudam no decorrer da vida do casal, porém a profundidade do amor, a flexibilidade e o fortalecimento da relação para superar os desafios juntos depois de anos de casamento é maior que os iniciais.
Boas realizações!
(*) BRUNA BERTHOLDO é Advogada, Terapeuta Facilitadora em Constelação Sistêmica Familiar Individual e Neuroconsteladora Escreve para HiperNotícias às quintas-feirasInstagram e facebook: brunabertholdocfE-mail: brubertholdo@gmail.com
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias A e F News.