O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), cadastrou no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) exclusivo para a Capital mato-grossense, ainda no mês de novembro do ano passado. Inicialmente, o aporte total da obra de mobilidade seria R$ 3 bilhões.
No entanto, o projeto cadastrado no Novo PAC Mobilidade Urbana Sustentável e Mobilidade Médias e Grandes Cidades foi atualizado pela equipe técnica da Prefeitura de Cuiabá e do Governo . Com isso, o valor previsto foi reajustado para R$ 4,9 bilhões.
Emanuel explicou que a atualização de valores aconteceu por conta do projeto do VLT Cuiabá, que inclui a extensão dos trilhos, a aquisição do material rodante e as estações. Além disso, está otimista com o avanço junto ao PAC.
“O nosso projeto foi aceito e a atualização de valores era prevista. São R$ 150 milhões por quilômetro, além do material rodante e das estações. A bola está na marca do pênalti e Cuiabá vai fazer o gol. O VLT cuiabano pode ser iniciado neste último ano do meu mandato/’, disse Emanuel ao Rdnews.
No projeto cadastrado no PAC, o VLT cuiabano será estendido até o Distrito Industrial e suprime Várzea Grande do traçado. Além disso, prevê 23,1 km de extensão, incluindo 3 terminais de integração, 1 estação de conexão e 32 estações de transbordo. Ainda serão construídos dois corredores estruturantes, sendo a linha 1 Porto-CPA e a linha 2 Centro-Distrito Industrial.
Para a Prefeitura de Cuiabá, a solução é “inovadora”. Além disso, garante que o VLT atenderá as demandas da população.
“Representa uma solução inovadora e essencial para atender às crescentes demandas de mobilidade urbana na cidade. Cuiabá enfrenta um aumento constante na população, e consequentemente, um aumento no tráfego e congestionamento”, diz a justificativa apresentada pela Prefeitura para a seleção por meio do PAC.
Outro argumento utilizado pela Prefeitura é a redução de poluentes que a implantação do VLT provocará na Capital, tornando-a mais “sustentável” e menos poluída. O crescimento populacional da Capital, que hoje, conforme o Censo 2022, possui mais de 600 mil habitantes, também foi inserida no projeto.
“A introdução do VLT não só proporcionará uma alternativa de transporte eficiente e sustentável, aliviará a pressão sobre o sistema viário atual, como também contribuiria significativamente para a redução das emissões de poluentes, promovendo um ambiente mais limpo e saudável para os cidadãos”, acrescentou.
Com o cadastro, o Governo Federal está reunindo as informações técnicas sobre empreendimentos de interesse social que serão, na sequência, analisadas quanto à viabilidade de execução em um eventual financiamento com recursos públicos. Uma vez alocado esse recurso de R$ 4,9 bilhões, a União irá monitorar o andamento das obras.
Já o governador Mauro Mendes (União Brasil) articulou a trocado do VLT, que deveria estar em funcionamento desde 2014, para o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Para Emanuel, o novo modal é inferior a necessidade da Capital.
O BRT já está em fase de implantação em Várzea Grande. Em Cuiabá, a Prefeitura não autorizou o inicio das obras sob alegação de falta de projeto executivo.
Agora, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que a Prefeitura de Cuiabá se abstenha de colocar obstáculos para implantação do BRT. Emanuel, no entanto, garante que não vai recuar e reafirma que as obras do modal não será autorizadas.
(Rdnews)