O principal suspeito de ter assassinado Stheffany Ashley da Silva Neves, de 27 anos, no final de semana em Pontes e Lacerda, teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva. Seu comparsa, no entanto, ganhou o direito de responder ao inquérito em liberdade.
A decisão foi assinada pelo juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati, da 3ª Vara Criminal de Pontes e Lacerda, responsável pelo processo.
“Constato […] indícios suficientes de existência do crime, além da autoria, […] sendo, ainda, materializado notadamente pelas declarações dos policiais que efetuaram a prisão dos indiciados e da própria confissão qualificada dele”, diz trecho do documento.
Everaldo Pascoal Chapina admitiu ter matado Stheffany, mas alegou em seu depoimento ter agido em legítima defesa.
A necropsia realizada no corpo de Stheffany mostra que ela foi assassinada com um único tiro disparado na cabeça.
Stheffany era uma mulher trans e trabalhava como profissional do sexo na cidade. Ela teria sido morta em uma residência na noite de domingo (15), e depois tido o corpo desovado no Rio Guaporé.
Já para Sérgio Quirino dos Santos, conforme o juiz, “não se justifica o ergástulo cautelar […], devendo o acusado responder em liberdade, cumprindo apenas as medidas cautelares diversas da prisão”, diz trecho do documento.
De acordo com o magistrado, a defesa adicionou aos autos fotografia que “corrobora em parte com a versão do autor do homicídio de que teria efetuado uma ligação telefônica para que Sergio o ajudasse”.
Há, portanto, dúvidas quanto à participação de Sergio no homicídio.
Dentre as medidas cautelares a ser cumpridas está o “comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades”. Sergio também está proibido de frequentar bares e deve se recolher em casa a partir das 22h, e em dias de folga.