Baltazar Ulrich, mais conhecido como ‘Papai Noel Cuiabano’ do que pelo próprio nome de batismo, há cerca de trinta anos decora sua casa no bairro Santo Rosa, na região oeste de Cuiabá, e recebe os cuiabanos fantasiado como o bom velhinho no Natal. Além disso, este ano ele também passou a desempenhar a função de Coelho da Páscoa para as famílias que o visitam, em uma ação solidária que conta com centenas de pessoas todos os anos.
No entanto, desta vez quem precisa de atenção é o Baltazar. Ele descobriu que tem câncer no pâncreas e no estômago e teve uma surpresa quando procurou o plano de saúde, que paga há mais de 40 anos: o procedimento que ele precisa realizar para retirar os tumores não tem cobertura.
Baltazar conseguiu uma vaga para realizar a cirurgia no Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Segundo explicou ao RepórterMT, isso só foi possível porque um paciente veio a falecer, senão teria que esperar a vaga até setembro. Mas o orçamento de todo o procedimento ficou avaliado em 100 mil reais. E a surpresa veio quando o plano de saúde informou que só cobriria 12 mil reais desse montante.
“Faz quarenta anos que eu pago o plano de saúde Bradesco Seguros. E usei, nesses quarenta anos, lógico. Nos meus cálculos, eu já paguei quase 1 milhão de reais”, explica.
A alegação do plano de saúde, segundo Baltazar, é que a técnica mais moderna para a cirurgia, em que seu abdômen não precisará ser totalmente aberto para realização do procedimento, não consta no rol de cobertura obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula o mercado dos planos de saúde no Brasil.
“É como se o ser humano fosse meramente um número. Eles não estão preocupados com a pessoa”, lamenta. Baltazar explica que pretende processar o plano de saúde, mas tem pressa em fazer a cirurgia, porque seu quadro é considerado grave.
A previsão é que o procedimento dure mais de 12 horas e conte com três médicos envolvidos, além do técnico que opera o robô. Baltazar explica que, além de menos invasivo, a visão proporcionada por esse equipamento é 2 mil vezes mais apurada que a visão humana.
Como não vai conseguir arcar sozinho com os R$ 88 mil que o plano não vai cobrir, decidiu pedir ajuda aos cuiabanos, que há tanto tempo ele recebe em sua casa. “Eu tirei o orgulho de lado e fui pedir para os meus amigos, aqueles que podem me ajudar para ver se eu consigo operar”, conta.
Para ajudar o Papai Noel de Cuiaba, basta transferir qualquer valor para o PIX 65-98111-6474, em nome de Baltazar Ulrich, no banco Sicoob.
FONTE: https://www.reportermt.com/geral/papai-noel-cuiabano-enfrenta-cancer-mas-saude-bradesco-recusa-pagar-operacao/175982