Pressionado, o Grêmio está no Rio de Janeiro para o jogo com o Vasco, nesta quinta-feira, às 20h, em São Januário. O presidente Romildo Bolzan Júnior se manifestou na chegada da delegação ao hotel e fez um discurso de confiança ao trabalho do técnico Roger Machado. No entanto, o dirigente voltou a frisar o peso de conquistar bons resultados.

A declaração diminui, pelo menos um pouco, a pressão sobre o treinador. Mas também dá o tom do momento. O dirigente deixou a situação de Roger aberta, embora tenha dito que “não faz sentido” trocar o comando. São três empates e uma derrota durante todo o mês de maio.

– Gera desestabilização (o resultado ruim no Rio). Vamos ver como vai ser. Eu acredito piamente no trabalho do Roger, na qualidade do Roger, que teve uma mão segura no Gauchão, que logo em seguida vai encontrar a mão no time e deixar isso mais ou menos estabilizado como tivemos no rumo do Gaúcho. Mas os resultados têm que vir. E isso conversamos aberta e francamente – destacou Bolzan.

Bolzan se reuniu com Roger antes do treinamento de terça. No relato do dirigente, uma conversa para ouvir do treinador se há condições que possam ser melhor colocadas para o trabalho.

Temos que ter a avaliação adequada para saber o que tem que ser feito. E neste momento o que tem que ser feito é ter calma, paciência, trabalhar e sustentar o ambiente para que tenha confiança. Isso que estamos fazendo.
— Romildo Bolzan

– O que temos que ter é clareza, maturidade. Acima de tudo, força para interpretar esse momento. Interpretar significa dizer que temos que observar tudo e não sair açodadamente tomando atitudes como os outros pedem, mas como aquilo que o ambiente precisa. Se for para satisfazer uma sanha de indignação, aí perde o rumo – explicou.

O Grêmio encara o Vasco nesta quinta-feira na quinta colocação da Série B, com 13 pontos. Benítez e Thiago Santos devem começar a partida no Rio

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Reuniões com Roger e departamento de futebol

“Não há intromissão técnica. Há uma busca de informações sobre o desempenho. Fizemos uma reunião na segunda com a direção de futebol e depois uma na terça com o Roger. Para saber o que mais ele precisa para superar. Não tem interferência na escalação, em nada. Isso é responsabilidade do treinador. As mudanças que temos que ter são internas. Ter uma visão de confiança. O que a direção se preocupou em passar neste momento foi exatamente isso, essa visão de estarmos todos juntos no momento importante. Os nossos empates têm sido acompanhados de desempenho irregular. E é isso que nos preocupa. A campanha está sob controle. É uma campanha que deveria ser melhor, mas não está comprometendo ainda. Mas tem que ter um nível de confiança tal para que estejamos seguros de que vamos superar tudo isso.”

Momento de pressão

“Como o Grêmio tem tido desempenhos irregulares, estamos mobilizados para regularizar isso. Não é possível sofrermos demais em jogo contra Vila Nova. Adversários se dedicam muito ao jogo, estão fazendo cada Copa do Mundo, são adversários fazendo o jogo com o Grêmio um campeonato à parte. Agora, o Grêmio tem que fazer por si. E o Grêmio tem sofrido nos jogos. Essa irregularidade nos levou a ter conversas por dois dias, ter diagnósticos, situações de ajuda que a gente possa colaborar, criar um ambiente de superação. Fazer um jogo que possa ser muito mais competitivo. E todos nós estamos envolvidos nisso. Uma avaliação para corrigir situações que possam ser corrigidas, ter a avaliação do que pensa a comissão técnica, a diretoria de futebol. Para nós ficou claro que o que está nos faltando é esse sentimento que somos bastante suficientes para chegar e temos que ter confiança para fazer isso. Acho que é isso que estamos conseguindo estabelecer.” (GE)