Um dia, acordei poeta…
Quando? Abri os olhos,
e beleza foi tudo
que vi.
Na luz fulgurante,
tudo se movia.
– Ah! Mãe gentil, pátria amada, Brasil…
– O Diário
Nuvens brancas
no infinito azul.
Matas verdes, até onde
se perdiam, e flores,
um colorido impressionante…
Acordei, e ouví.
As águas se chocavam
nas pedras,
querendo abraçá-las.
O beija-flor, rodeando
as rosas, pedia licença
para beijá-las.
Eu ouví, as rosas exalam,
e falam.
Sobre a arquitetura
do universo,
meu olhar se derramou,
toda a Criação vibrou.
Um dia, acordei poeta…
Como? Não sei,
não aprendi a fazer versos.
Busquei no Oriente
e no Ocidente,
na poesia erudita
e na construção formal…
Achei no inconsciente,
a leveza e o lirismo,
abissal.
Um dia, acordei poeta.
Um dia, nascí.
*DULCE LÁBIO é comerciante, Assessora Free Lancer e atuou na imprensa em Mato Grosso.
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