Palmeiras e Atlético-MG abusaram da cautela e terminaram sem balançar as redes o primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores nesta terça-feira (21), no Allianz Parque. Embora a proposta de Cuca tenha sido um pouco mais ofensiva que a de Abel Ferreira, os dois times estiveram mais preocupados em não errar. Tanto pior para o jogo. O placar leva um confronto completamente aberto para Belo Horizonte, na próxima terça-feira (28).

Um empate com gols dá a vaga ao Palmeiras. Um novo 0 a 0 leva o jogo para os pênaltis. E a expectativa é que as duas equipes ousem um pouco mais.

O primeiro tempo teve equilíbrio até por volta de 20 minutos. A partir daí, porém, o Galo, com muita transpiração, começou a ter um volume maior de jogadas ofensivas, embora não conseguisse transformá-las em arremates perigosos —mesmo chutando oito vezes a gol.

Logo aos 13, o Atlético-MG chegou com muito perigo. Após falha de posicionamento de Rocha, Arana invadiu a área pela esquerda, driblou Felipe Melo e bateu cruzado e rasteiro, raspando a trave esquerda de Weverton. Mas o jogo seguiu equilibrado. E aos 23, em jogada ensaiada na cobrança de falta, que deu errado, foi a vez de Rony ficar com a sobra e bater, assustando Everson.

Aos 40, o time de Cuca teve chance de ouro para abrir o placar, após pênalti bem marcado de Gustavo Gómez sobre Diego Costa. A jogada do Galo pela direita foi ótima. Allan lançou por elevação para Mariano, que avançou e cruzou para Diego Costa. Gustavo Gómez chegou atrasado e derrubou o centroavante do Atlético.

Na cobrança, Hulk tentou deslocar Weverton, mas exagerou na dose e acertou o pé da trave esquerda do Palmeiras. Encolhido, o Palmeiras vivia de tentativas de explorar erros do seu adversário. Pouco para um time que jogava em casa pela vaga na semifinal da competição. Mas se é verdade que atacava pouco, também é fato que o Alviverde foi impecável na marcação, anulando peças importantes como Nacho.

O time de Abel Ferreira iniciou o 2º tempo como havia terminado o primeiro: acuado, atacando com inferioridade numérica e levando pouco perigo. Até os 13, a melhor jogada do time havia sido um lateral cobrado por Marcos Rocha na área, que Luiz Adriano quase cabeceou para a rede. Ficou no quase, com desvio de Nathan Silva. Por outro lado, também não sofria com as chegadas do Atlético, que os poucos foi perdendo organização.

Por volta dos 30min do 2º tempo, o jogo caiu muito em intensidade, com o Galo errando as jogadas ofensivas e o Palmeiras sem conseguir se articular. Com a entrada de Wesley, o Palmeiras até teve duas chegadas perigosas. Já o Galo só foi assustar o Palmeiras de novo aos 36, em falta rasante cobrada por Hulk, que passou perto. E o jogo caminhou para o final sem grandes percalços para os dois times.

FICHA TÉCNICA

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan e Piquerez ; Felipe Melo (Danilo) e Zé Rafael (Patrick de Paula); Dudu (Wesley), Raphael Veiga e Rony (Veron); Luiz Adriano (Deyverson). Técnico: Abel Ferreira

Atlético-MG: Everson; Mariano, Nathan Silva, Alonso, Arana; Allan, Jair, Zaracho (Vargas) e Nacho; Hulk e Diego Costa (Keno). Técnico: Cuca. (UOL)