O prefeito Ari Lafin (PSDB), recém-empossado para o segundo mandato em Sorriso, deve responder por improbidade administrativa e ainda sob risco de ressarcir ao erário em R$ 1,8 milhão, junto com vice Gerson Luiz Bicego, o secretário e o adjunto de Administração, respectivamente, Estevam Hungaro Calvo Filho e Bruno Pecinelli.
A promotora de Justiça, Élide Manzini de Campos, ingressou com ação civil pública contra os quatro na última quinta (22) por grave violação aos princípios da administração pública.
Segundo o MPE, eles foram responsáveis pela exoneração simulada de centenas de servidores comissionados no final de dezembro do ano passado, como trunfo para pagar indenização ilícita de valores referentes a férias e adicional de férias e todos foram nomeados de novo no mês seguinte. Foram gastos com isso R$ 1,8 milhão e sem previsão legal.
Gerson foi incluído na denúncia porque, na condição de prefeito em exercício, assinou as renomeações junto com o adjunto Bruno, que se autofavoreceu, pois foi exonerado, inclusive assinou a portaria da própria demissão, recebeu a indenização e ainda nomeado ao mesmo cargo no dia seguinte. O secretário Estevam também assinou a própria exoneração e recebeu R$ 48,1 mil.
Pelo dano erário, enriquecimento ilícito e afronta ao princípio da moralidade, a promotora pleiteia na Justiça a condenação do quarteto por improbidade, devolução do dinheiro ao erário e nulidade de todos os atos administrativos.