Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #14 do Brasileirão. A partir desta rodada, compara o desempenho pós-parada (novidade) como mandante ou visitante, na própria competição e também nos últimos seis jogos independentemente do mando e da competição, considerando as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 67.694 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.784 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual. Obrigado pela leitura. Bom jogo!
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Empate
- Com mando pela Série A desde 2006 houve sete vitórias do Corinthians, quatro empates e apenas duas vitórias do Santos. A estatística de gols esperados (xG) mostra que no Brasileirão o Corinthians finaliza pouco, mas com perigo. Faz um gol a cada 9,8 tentativas, nono desempenho, e tem o maior percentual de finalizações certas (44,2%).
- O Santos faz um gol a cada 9 finalizações, sétimo desempenho. As duas equipes estão entre as que exigem mais finalizações de adversários para que consigam fazer um gol, a cada 11,5 tentativas, empatadas com o quinto melhor desempenho. O Santos não perde há dez jogos, com cinco vitórias. Dos últimos dez, o Corinthians venceu dois e perdeu quatro.
- Até o fechamento desta edição do Favoritismos, Marinho ainda era dúvida no Santos, já desfalcado de Soteldo e Carlos Sánchez. Embora os jovens do Santos venham mostrando muita técnica, os desfalque pesam contra o Santos, segundo melhor mandante pós-parada.
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Favorito >> Flamengo
- O que está caracterizando a subida do Sport, quinto colocado na classificação, são os seis pênaltis a favor no Brasileirão (quatro com o jogo 0 a 0). Dos últimos seis gols da equipe, quatro foram de pênalti (67%). Dos últimos nove, foram cinco (56%). O Flamengo só teve um contra, mas pode ter uma defesa muito jovem em campo.
- Mesmo contando as cobranças de pênalti, o Sport é a segunda equipe com menos finalizações na competição (9,5 por jogo, só o Coritiba finalizou menos: 9). Coincidentemente, o Flamengo levou um gol a cada 9,5 finalizações sofridas, 13ª eficiência defensiva.
- Mas os jovens do Flamengo estão cheios de moral, e o Flamengo faz um gol a cada 9,7 tentativas, oitavo melhor desempenho. Um mérito da equipe é a tranquilidade para trabalhar a bola: é o segundo ataque que menos queima finalizações de fora da área (43%). De perto é mais fácil marcar, e tem o terceiro melhor ataque (média 1,42 por jogo).
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Favorito >> Grêmio
- Dos últimos oito jogos como visitante, o Coritiba só venceu um, contra o Bragantino. Foram cinco derrotas e dois empates (21%). Já o Grêmio, nos últimos oito jogos em casa venceu dois, empatou quatro e perdeu dois (42%).
- O Grêmio é a terceira equipe que mais finaliza no Brasileirão (média 15 por jogo), mas tem o terceiro pior ataque do Brasileiro (0,92). O Coritiba tem o pior ataque (0,69): dos nove gols feitos, quatro de pênalti, um de falta e quatro gols em jogadas aéreas. O Grêmio já levou três gols de pênalti e dos outros oito que levou, cinco foram em jogadas aéreas (63%).
- A força do Grêmio está em sua defesa, a terceira melhor do Brasileirão (média 0,92 gol sofrido por jogo) e a terceira que menos permite finalizações aos adversários (apenas 9,4 por jogo). É preciso 10,3 finalizações para fazer gol no Grêmio e 11,2 para marcar no Coritiba, a quinta que mais sofre finalizações (14,7 por jogo).
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Favorito >> Bahia
- A eficiência ofensiva do Vasco contra a ineficiência ofensiva do Bahia, que o técnico Mano Menezes diz já estar resolvendo. A estatística de xG aponta que era esperado o Vasco ter dez gols, mas já marcou 17. Por outro lado, era para o Bahia ter levado 18 gols, mas já sofreu 22.
- Depois do Atlético-MG (média 6,8), o Bahia tem o segundo ataque que mais consegue finalizações certas por partida do Brasileirão (5,5). De todas as finalizações que faz, acerta 42% (terceira melhor marca). Só que precisa de 11,5 finalizações para fazer um gol (apenas o 13º desempenho).
- Quando visitante, a defesa do Vasco é a quarta que mais sofre finalizações (média 15,7). É também a terceira equipe que mais sofreu gols fora de casa (média 1,83). O que equilibra para a equipe carioca é ter o ataque mais positivo quando visitante (1,67 gol por jogo). O Bahia só não levou gol em um dos sete jogos em casa no Brasileirão.
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Favorito >> São Paulo
- A jogada aérea tem potencial para fazer diferença a favor do São Paulo, que marcou assim cinco dos últimos dez gols (50%) e 12 dos últimos 20 (60%). O Atlético-GO levou 60% de seus gols pelo alto, sem contar pênaltis e faltas diretas. Defensivamente, o São Paulo baixou a vulnerabilidade aérea para 40%.
- A estatística de gols esperados (xG) mostra que o São Paulo finaliza com baixo risco para o adversário. Tem a segunda maior média de finalizações (15,4 por jogo) e a terceira maior média de certas (5,5), mas precisa de 12,3 conclusões para fazer um gol, a 14ª performance.
- O Atlético-GO tem uma defesa muito eficiente quando visitante, a terceira que menos gols sofreu fora de casa (média 1,0 por jogo). É a quarta que menos permite finalizações para os mandantes no Brasileirão (10,9 por partida).
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Favorito >> Empate
- Considerados apenas os jogos oficiais realizados após a parada devido à pandemia de Covid-19, o Goiás tem o pior aproveitamento mandante (33%) e vai receber o segundo pior visitante (19%).
- Forte potencial para gol em jogadas aéreas: as duas equipes fizeram oito de seus últimos dez gols a partir de bolas altas (e o Goiás fez 16 dos últimos 20 assim (80%). Melhor para o Fluminense que só levou quatro dos últimos dez pelo alto, enquanto o Goiás sofreu sete, sem contar pênaltis e faltas diretas.
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Favorito >> Palmeiras
- O Palmeiras é o melhor visitante do Campeonato Brasileiro, com três vitórias e três empates, aproveitamento de 67% dos pontos. O Botafogo é o pior mandante da competição, com uma vitória, três empates e três derrotas, 29% de aproveitamento.
- O Palmeiras não perde há 20 jogos, com dez vitórias e dez empates (67% de aproveitamento). Nas últimas 20 partidas que disputou, o Botafogo venceu quatro, empatou 13 e perdeu três (42% de aproveitamento).
- Embora o Palmeiras tenha um potencial ofensivo maior do que o Botafogo, estarão em campo duas das três equipes que mais empataram no Brasileirão (a outra é o Grêmio, com oito de 12 ou 67% dos jogos ). O Botafogo empatou nove de 13 jogos (69%), e o Palmeiras, sete de 12 (58%).
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Favorito >> Atlético-MG
- Outro desafio para o time treinado por Jorge Sampaoli: o Fortaleza não perde há seis jogos (um pelo Cearense). No Brasileirão, tem a melhor defesa mandante, dois gols sofridos em seis jogos (média 0,33). Adversários precisam no geral de 15,4 finalizações para fazer um gol no Fortaleza, melhor marca, que sobe para 26 tentativas quando são visitantes.
- O líder do Brasileirão vai para o desafio com números poderosos, mas incertezas: no geral, é o time que mais finaliza (média 17,1 por jogo) e o terceiro que precisa de menos finalizações para marcar (8,20). Tem o melhor ataque da competição, com 25 gols marcados (média 2,08).
- Só que quando fora de casa seus números são (um pouco) menos impressionantes. É o quarto melhor visitante (50% com três vitórias e três derrotas) e o terceiro melhor ataque (1,33). Mas tem apenas a 12ª defesa (1,5 gol sofrido por jogo). Precisa de 12,5 finalizações para fazer um gol (15º desempenho).
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Favorito >> Athletico-PR
- Outra partida com potencial para gol aéreo: dos últimos dez gols que o Ceará sofreu, sete foram aéreos, e o problema vem piorando, já que cinco dos últimos seis saíram pelo alto (83%). O Athletico-PR marcou assim metade de seus últimos dez gols sem contar pênaltis e faltas diretas.
- A estatística de gols esperados (xG) mostra que o Ceará está entre as equipes que sofrem muitas finalizações e com risco acima da média. É o visitante que mais sofre finalizações (17,3 por jogo) e fora de casa leva um gol a cada 8,0 finalizações, quarta pior marca entre os visitantes.
- A bola aérea é a esperança para encurtar o caminho rumo à vitória porque o Atheltico-PR tem a quarta pior marca de finalizações necessárias para conseguir um gol quando mandante, em média precisa de 14,7 tentativas.
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Favorito >> Empate
- Nos últimos seis jogos disputados por qualquer competição, as duas equipes têm exatamente o mesmo aproveitamento: 33% com uma vitória, três empates e duas derrotas. O Bragantino fez oito gols e levou oito, e o Internacional marcou seis e sofreu sete.
- A equipe paulista é pouco precisa nas conclusões. Precisa em média de 12,60 conclusões para conseguir fazer um gol e vai enfrentar a melhor defesa do Brasileirão, nove gols sofridos, a quarta equipe que exige mais finalizações dos adversários para fazer um gol, 12,3.
- O Internacional é a equipe que menos finalizações permite aos adversários na competição por partida, em média apenas 8,5. Quando atua fora de casa, por incrível que pareça, essa média de finalizações sofridas pelo Internacional ainda cai para 7,9 por jogo.
Metodologia
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados aplicada a 67.694 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.784 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos – no caso, os gols de cada equipe – acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).
Resultado
Favoritismos acertou 53 resultados em 120 partidas analisadas, aproveitamento de 44%.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti (Globo Esporte)