O senador Wellington Fagundes (PL) afirma não ver resistências de setores ao nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e sugere que ela dispute uma cadeira ao Senado Federal em 2026, visando ganhar musculatura política e, talvez, sonhar com uma candidatura à Presidência da República no futuro.

Com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, o nome de Michelle tem ganhado força na direita para encabeçar um projeto futuro. No entanto, para Wellington, o objetivo é conseguir reverter a decisão que retirou Bolsonaro na disputa e insistir em seu nome, que hoje é o maior líder da ala “conservadora”.

“No bloco do PL nós vamos insistir em uma possibilidade do presidente Bolsonaro, mas claro, a nossa ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, tem feito um trabalho brilhante, tem se revelado uma grande articuladora. E como uma pessoa que tem tudo, a simpatia muito forte dos homens, das mulheres e dos jovens, ela poderá ser uma grande liderança, mas aí são conjecturas para o futuro. Acredito que hoje, a Michelle já tem condições de ser senadora por muitos estados brasileiros e, daqui até lá, se consolidar mais”, disse ele, na manhã do último sábado (1º).

Questionado, Wellington negou conhecimento sobre resistência de algum setor ao nome da ex-primeira-dama, como o agronegócio. “Que eu tenha conhecimento nenhum [impedimento do agro contra a Michelle], ela tem envolvimento além dos homens, mulheres, jovens, dos religiosos. Ela tem uma força muito grande entre os evangélicos, então não acredito que resistência por um ou outro vai ser relevante. Acredito que daqui até lá, vai ter tempo de convencer a todos”, pontuou.

Bolsonaro inelegível

Jair Bolsonaro se tornou inelegível na sexta-feira (30), por 5 votos a 2, em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores de vários países no ano passado, às vésperas da eleição.

O liberal, de maneira reiterada e sem apresentar provas, tentava desgastar e descredibilizar às instituições. Com a decisão, Bolsonaro fica inelegível por 8 anos, ou seja, até 2030.

(Rdnews)