O governo de Mato Grosso anunciou o retorno às aulas para a próxima terça-feira (3) no sistema híbrido na rede estadual de ensino. O que era para ser um momento de retomada ainda gera dúvidas e falta de diálogo entre Estado e profissionais da educação.
No meio desta berlinda estão os estudantes, afastados das salas de aula desde março de 2020 quando começou a pandemia da COVID-19 no país.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público em Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, disse que governador Mauro Mendes (DEM) está impondo o retorno presencial das aulas na rede estadual de ensino, a partir da próxima semana, sem o devido planejamento das unidades escolares.
“Ninguém quer mais o retorno do que nós educadores, que nunca deixamos de trabalhar e sabemos dos desafios do ensino remoto. Mas, obrigar o retorno sem ter planejado medidas protetivas como no transporte escolar, sem apresentar um protocolo de testagem coletiva constante, sem dizer como vai ficar a situação dos profissionais e estudantes que tem comorbidade… isso é jogar com a vida das pessoas e agir com irresponsabilidade”, disse.
O jovem Gabriel Nunes de 17 anos está no segundo ano do ensino médio e ainda confuso em como será o retorno.
“ Acho que está está na hora de voltar, tudo funciona com a capacidade reduzida. Só ainda estamos confusos em como será a divisão e o controle dos estudante”.
A preocupação dele e a mesma da dona de casa Maria Aparecida Pereira, que tem duas filhas de 11 e 14 anos em idade escolar.
“Ainda não sabemos como será na escola,
Se as unidades estão adequadas, banheiros com pias funcionamento. Ainda deixa um pouco a duvidar pela qualidade da estrutura das escolas”.
Conforme já divulgado pelo Cuiabano News, as salas de aula estarão funcionando com 50% da capacidade com todos os os protocolos de biosegurança.
O governo prometeu distribuir máscaras para seus profissionais e todos outros ítens para auxiliar no cumprimento dos protocolos contra a Covid-19. Além disto, as unidades que tiverem profissionais ou alunos que testem positivo para o coronavírus, precisarão de imediato fazer a comunicação.
O secretário estadual de Educação (Seduc), Alan Porto, pontuou que todos os protocolos serão seguidos e lembrou que todos os profissionais da Pasta já tomaram pelo menos a primeira dose da vacina.