Faltam 20 dias para o Grupo de Trabalho, formado pela Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, Governo do Estado de Mato Grosso e Caixa Econômica Federal, decidir sobre a conclusão das obras do VLT Várzea Grande – Cuiabá.
A decisão do GT recairá sobre três possibilidades para construção e operação: o Estado sozinho, uma Parceria Público Privada ou a privatização. A troca de modal para ônibus poluentes (BRT) – vinculada anteriormente por alguns palpiteiros de plantão – está descartada e é vista como o maior retrocesso da história de Mato Grosso.
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A tendência do GT é seguir a experiência sobre trilhos com sucesso e que funciona muito bem nas cidades de São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e a Baixada Santista.
A “locomotiva” do Brasil, São Paulo, possui a maior extensão de metrô do país com 64 estações distribuídas por 71,5 quilômetros e transporta 4 milhões de passageiro diários.
Faltam 20 dias para o grupo de trabalho decidir sobre a conclusão das obras do VLT
Com apenas 30,5 km, o recém-inaugurado metrô de superfície de Salvador já transporta cerca de 400 mil passageiros por dia e retira 10 mil veículos das ruas diariamente. A CTB já licitou a segunda etapa bem como a implantação do VLT.
A construção do VLT carioca foi parte de um projeto de revitalização da região central do Rio de Janeiro, que ganhou nova vida.
O projeto urbanístico substituiu o Elevado da Perimetral, uma via expressa que degradava o belíssimo centro histórico pelo “boulevard” à beira da Baía da Guanabara rodeado por atrações culturais e turísticas e que tem o Veículo Leve sobre Trilhos como principal meio de transporte.
O valor da tarifa é R$ 3,80 reais sendo que a 3ª linha será inaugurada em novembro.
O VLT da Baixada Santista circula por 11,5 km entre as cidades de São Vicente e Santos transportando em média 30 mil passageiros diariamente. A EMTU trabalha com a extensão do sistema com mais 8 km e 14 estações, além da chamada terceira fase, com outros 7,5 km de extensão com 4 estações.
São inegáveis os avanços do modal ferroviário nos últimos anos no país. Após amargar décadas de abandono, por conta de decisões políticas equivocadas, a mobilidade urbana voltou a receber atenção especial.
Apesar de existir, ainda, uma grande defasagem entre as demandas da população e os investimentos para adequar a oferta de serviços, especialmente nas grandes metrópoles, o VLT ganhou importância e prioridade para todos aqueles que desejam uma melhor qualidade de vida da população.
Essa decisão sobre a conclusão imediata das obras do VLT Várzea Grande – Cuiabá é importante para Mato Grosso. Poderá trazer um novo período de desenvolvimento para nossas cidades.
Os arranjos institucionais e empresariais que vão possibilitar a implantação do VLT são variados, o fundamental é que a obra seja terminada, as operações iniciadas e que novo planejamento urbano seja arquitetado, com a participação da sociedade.
Contagem regressiva: faltam 20 dias…
*VICENTE VUOLO é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.
CONTATO: www.facebook.com/vicente.vuolo