O vereador Sargento Vidal (Pros) abriu um requerimento para instaurar um processo disciplinar contra a vereadora Michelly Alencar (DEM) por quebra de decoro parlamentar. De acordo com ele, a democrata “incita” a população contra os demais parlamentares e “abusa” do seu direito à manifestação, ocasionando assim a quebra do decoro. A representação ainda requer a instauração da Comissão de Ética na Câmara Municipal.
Vidal afirma que a postura dela infringe o artigo 140 do Código Penal – que é o crime de injúria – e, consequentemente, configura quebra de decoro parlamentar. “As postagens da vereadora movimentam o cidadão a pensar que todos os vereadores que são contrários ao processo de cassação neste momento, por motivo ou convicção particular, está na massa de manobra do prefeito, como a representada ratificou e confirmou em sua resposta ao comentário da seguidora ferindo a honra e a imagem dos pares”, explicou o vereador.
O parlamentar ainda afirma que a vereadora tentar impor uma “ditadura de votos” sobre a abertura da Comissão Processante para cassar o mandato do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB).
“A todo momento a representada tenta forçar uma ditadura de votos onde somente o momento dela, o rito processual dela, o voto dela é o certo, a convicção de voto divergente dos demais pares, a mesma sugere como imoralidade e falta de fiscalização, injuriando nas redes sociais e inflamando a população contra quem vota diferente de si, tentando denotar aos eleitores que a sua posição é a ÚNICA CORRETA”, diz trecho do documento.
No incio do mês, Vidal registrou um boletim de ocorrência contra a vereadora, após a parlamentar fazer uma publicação, em seu Instagram, em que sugere que os vereadores de Cuiabá estariam recebendo dinheiro para não aprovar o pedido de impeachment contra Emanuel Pinheiro.
“Diante do flagrante abuso de prerrogativa parlamentar, se faz necessário a intervenção dessa Casa para que casse o mandato do edil representado. As ações da vereadora Michelly Alencar revelam uma clara afronta ao comportamento compatível com o decoro parlamentar”, completa.