A vida noturna desta cidade é extraordinária, é só andar por ai. Em todos os lugares existem a magia que transforma todos os pontos, em lugares dos encontros.
Cuiabá a cidade que não dorme, e quando a noitece, as luzes iluminam as almas escuras e os zun-zun das conversas infindáveis existe informa que tem um mundo novo a esperar pelos boêmios, que se juntam aos artistas anônimos, um violão e uma voz, e a alegria ou tristeza de uma canção, atinge o coração de quem se ama.
Sem roteiros específicos, as múltiplas músicas são cantadas em forma de misturas sem exclusividade, (do Samba ao Chorinho; do Rasqueado ao Sertanejo), são baladas que embalam a tristeza dos que estão com ausência de amor que se foi ou amplia a alegria de jovens baladeiros, ou aos tristes boêmios modernos, esses barzinhos se transformam no grande universo de gente comum e ao mesmo tempo tão diferentes.
Com a chegada da noite, a vida prolonga para os “bon vivant cuiabano”, pois os habitantes noturnos que são a razão do espetáculo dos prazeres da vida, soma-se a mistura da diversidade de gostos e sabores. Pelas mesas existem uma mistura de alegria e tristeza estampada no ar e nos rostos dos novos boêmios, se identifica os seres adoradores da noite, é um universo que não discrimina a formação social, ali estão os intelectuais, os políticos, os estudantes ou puxadores de ferros das academias, e neste mundo da nova Cuiabá, encontramos homens e mulheres solitários por opções ou acolhedores de infindáveis sonhos, estes são contagiados pela magia inexplicável dos “bate-papos” e a cada gole gelado nasce uma felicidade artificial embalada pelos encontros passageiros, que às vezes finda com o nascer da luz do sol.
Com a chegada da noite, cada adorador da noite assume o seu lugar na vida noturna de Cuiabá, e de chope em chope o grande espetáculo noturno é instalado, nos principais pontos da cidade deixa de ter exclusividade, o mundo do “vai-e-vem” do tribos noturnos que povoam a Praça Popular ou Praça da Mandioca, onde a noite só termina com a luz do dia; e nesse mundo dos prazeres da carne ou do comer pelos gostos apurados, pessoas buscam lugares nos gostos e sabores do restaurantes da Av. Vargas e Shoppings com opções infindáveis, e mesmo passando pelas calçadas da Av. Rubens de Mendonça onde se bebe e se come com a espontaneidade dos estabelecimentos da noite, enfim esses lugares retratam a cara da Cuiabá festiva e dos encontros noturnos, pois em todos os lugares destas cidade existe alguém a espera de alguém, é só escolher.
O mundo de opções estão em todos os lugares, a tristeza não faz morada neste lugar, ninguém vive sozinho nesta cidade, a não ser por opção. Em todo canto existem pessoas dispostas a ser um grande “PARCEIRO”, querendo partilha felicidade, porque os sentimentos noturnos são compostos de espontaneidades, basta derrubar as barreiras que são colocadas de imediato em função de imagens desiguais aos iguais, ou por estereótipos não desejados que dificultam o poder de interagir facilmente.
Por opção, muitos preferem passar longe do mundo noturno, acreditam que para cuidar do lado espiritual o caminho é não ter caminho, e se isolam.
Mas na verdade, é o contrário, as descobertas trazem em si, a obrigatoriedade de compartilhar, porque o mundo é totalmente associativo, quando menos percebemos, estamos rodeados de pessoas que comungam o mesmo sentimento que o nosso, e é através dessas pessoas felizes ou infelizes que nos escancara as experiências que enriquecem o nosso viver, pois a grande verdade é que nunca seremos felizes isolando em nosso egoísmo de viver eternamente só.
Cuiabá é uma cidade dos encontros, aqui no Centro da América do Sul, é onde todos os caminhos e as histórias se encontram e se confundem, formando a mistura perfeita de gente de todos os lugares e de todas as raças e costumes, é por isso, quem chega por opção ou necessidade parte do mundo, faz de Cuiabá a sua morada eterna.
*WILSON CARLOS FUÁH é economista, Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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