O vice de futebol do Inter, Roberto Melo, evitou até desejar “boa noite” ao abrir sua entrevista coletiva, tamanha a indignação com a arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira na derrota por 3 a 1 para o Flamengo, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela 21ª rodada do Brasileirão. Revoltado, o dirigente chamou a atuação do árbitro de “vergonhosa” e manifestou “desconfiança” com as decisões.

E só não foi pior porque, segundo o próprio, Melo “mediu palavras” em sua crítica. Ele afirmou ainda que o Flamengo não precisaria “disso” para sair com a vitória.

“Não dá para dizer boa noite depois do que aconteceu hoje. Vou medir as palavras para falar, o que eu tenho vontade de falar é muito mais do que eu posso falar. É uma vergonha. O que o juiz fez aqui no mínimo nos dá margem para desconfiança. (Roberto Melo, vice de futebol do Inter)

– É uma vergonha. O Flamengo não precisa disso, vem fazendo grandes jogos, liderando o campeonato. Não digo que ele esteja mal intencionado no sentido de nos prejudicar deliberadamente. O que ele fez é vergonhoso. Porque seu Gaciba faz umas papagaiadas, vai aos clubes, faz apresentação, se exibe, se filma como se fosse ator apresentando. Ele diz uma coisa e acontece outra – esbraveja Roberto Melo.

O dirigente disse que o Inter jogou com “nove contra 12” no Maracanã. A revolta tem a ver com três lances em que o árbitro não utilizou o recurso do VAR para revisar as jogadas. O vice de futebol lembrou ainda a partida contra a Chapecoense, em que três gols do Inter foram revisados e apenas um confirmado.

O primeiro deles envolve o pênalti cometido por Bruno em Gabigol. O lateral acabou expulso. Depois, o dirigente reclamou de pênalti de Rodrigo Caio em Guerrero, que sequer foi revisado.

“Causa indignação. Porque jogar nove contra 12 é duro” (Roberto Melo).

Guerrero, do Internacional, é contido após expulsão — Foto: André Durão

Guerrero, do Internacional, é contido após expulsão — Foto: André Durão

De acordo com Melo, o lance deixou o centroavante nervoso, antes de ser expulso, com um corte no supercílio. Por fim, houve reclamação de um empurrão em Víctor Cuesta já no segundo tempo, em mais uma jogada que seguiu sem a revisão.

– É absurdo. O VAR era para ajudar e ajuda só a quem ele quer ajudar. Contra a Chapecoense, precisamos fazer três gols para valer um. Em todos os VAR foi usado. Por que hoje não foi usado? Teve pênalti vergonhoso no Guerrero, por cima e por baixo, e o VAR sequer foi chamado. É essa a orientação? Ou dependendo de para quem apita é diferente? Precisamos faze três gols para valer um. Hoje, todos os lances que poderiam gerar dúvida nenhuma vez. Foi uma vergonha a arbitragem. É o mínimo que eu posso dizer. Queria dizer muito pior – esbraveja.

Com a derrota para o Flamengo, o Inter fica a 12 pontos do líder e se mantém em quarto, com 36 pontos – pode ser ultrapassado pelo Corinthians, com um jogo a menos. A equipe volta a campo no próximo domingo, às 16h, no Beira-Rio, para enfrentar o Palmeiras pela 22ª rodada do Brasileirão. (Globo Esporte)