Em entrevista exclusiva ao ge, o vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, explicou os motivos do clube antecipar a saída de três peças do elenco. A diretoria rescindiu o vínculo contratual com André e Valdivia, além de adiantar o encerramento do empréstimo com Alesson, que pertence ao Vila Nova-GO.

Segundo o dirigente auriverde, Alesson e Valdivia não atenderam ao perfil de atletas que o Dourado precisa neste momento para alcançar a permanência na Série A.

– Nós precisamos de jogadores que estejam, acima de tudo, com coragem, disposição e que tenham garra e vontade de vencer. Esse é o tipo de jogadores que precisamos. E não jogadores que precisam, em alguns momentos difíceis, estarem sendo cobrados a todo momento de ter esse tipo de característica. Esses momentos separam muito o tipo de jogador.

– Para esse tipo de momento, precisamos de atletas que, acima de tudo, tenham capacidade de indignação com momentos difíceis, com derrotas, tenham coragem. Temos um jogo em Fortaleza, contra o Ceará, que pra nós está sendo tratado como uma batalha. Vai ser a batalha do Ceará.

– O Valdivia e o Alesson são jogadores de excelente caráter. O Dourado é um clube que é muito rígido na questão comportamental. Não há nada que desabone eles, mas estamos em um momento que precisamos de sangue no olho, de estar com a faca no dente – disse o vice-presidente do Cuiabá.

O caso de André Felipe é diferente. Junto com Rodriguinho, o centroavante se atrasou para se apresentar na concentração para a partida contra o Bragantino. O fato resultou na rescisão em comum acordo com o jogador e no afastamento de Rodriguinho por três dias.

– O André Felipe já estava um pouco desmotivado com o futebol. Ele já tinha tido algumas oportunidades de sair do Cuiabá, a gente segurou, mesmo em algum momento ele querendo sair. Realmente houve um atraso deles na chegada para a concentração do clube e foi o motivo que nos levou a afastar o Rodriguinho durante três dias e chegar em comum acordo para antecipar a rescisão do André Felipe. Acima de tudo existe o grupo, e esse episódio que envolveu os dois não foi legal com o grupo e a gente tomou essa decisão.

Avaliação da sequência

O Cuiabá não vence há três jogos no Brasileirão e terá o confronto direto contra o Ceará na próxima rodada. O vice-presidente do Dourado destacou que a briga será acirrada até o fim da competição, mas confia na permanência da equipe.

– O Cuiabá tem histórico de garra e luta, um clube tem como característica principal não desistir nunca, de ir até o final sempre. E é isso que vamos fazer até o fim. Primeiro de tudo, o Cuiabá e a torcida precisa acreditar. Estamos em uma briga muito direta com Avaí, Atlético-GO, Coritiba e Ceará. Dessas cinco equipes, duas vão permanecer na Série A, e nossa briga é direta com eles.

O vice-presidente do Dourado avaliou o trabalho do técnico António Oliveira, e garantiu que o treinador comandará a equipe até o fim do Brasileirão.

– Se a gente não estivesse satisfeito com o trabalho dele, ele já teria saído. Óbvio que os resultados não têm sido bons, mas se a gente for analisar os adversários que estão na luta direta, eles estão em sequência ruim da mesma forma que nós. O António permanece até o fim, independente do que vai acontecer. Nós confiamos totalmente nele.

O Cuiabá volta a campo neste domingo, diante do Ceará, no Castelão, às 15h (de MT), pela 32ª rodada. O Dourado é o 17º colocado, com 30 pontos, enquanto o Vozão figura na 16ª posição, com 33. (Com GE)