A vereadora Michelly Alencar (DEM) acusou o presidente da Câmara, Juca do Guaraná Filho (MDB), de “rasgar” o regimento interno da Casa, durante sessão na manhã desta quinta-feira (4).
Na ocasião, o vereador Sargento Vidal (PROS) criticou publicações reproduzidas por Michelly nas redes sociais.
No post, foi sugerido o recebimento de “cheques” por parte de alguns parlamentares em troca de um suposto arquivamento do pedido de comissão processante contra o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB). A declaração, na verdade, partiu do analista político Onofre Ribeiro.
Michely pediu direito de reposta, alegando ter sido tratada de forma pejorativa pelo colega. O pedido, contudo, foi negado pelo presidente Juca do Guaraná.
Na ocasião, Juca chegou a chamar a colega de “histérica” e disse que ela estava se comportando como “uma criança que perdeu o doce”.
A partir daí, os ânimos ficaram exaltados, outros vereadores se envolveram na discussão e a sessão foi encerrada.
“Fui silenciada no meu direito de fala. Rasgaram hoje o regimento interno desta Casa. Aqui é muito claro […] quando o vereador se sente ofendido na sua honra, ele tem direito a palavra. E eu não tive. Não é porque sou mulher que vou aceitar me silenciarem”, disse ela.
“O presidente me ofendeu. Sou vereadora assim como ele. Fui eleita e tenho voz nesta Casa, não vou me calar diante de uma situação histórica para Cuiabá. Temos um prefeito afastado, 10 operações policiais acontecendo. Somos notícia nacional por corrupção. E ele quer me silenciar por que sou oposição? Por que eu sou mulher e não me calo? Não vou aceitar isso”, emendou a vereadora.
As declarações foram dadas à imprensa, tão logo a sessão foi encerrada pelo presidente.
A sessão desta manhã deveria analisar o pedido de abertura de comissão processante contra o prefeito afastado Emanuel Pinheiro.
Ele está longe de suas funções, por suspeitas de esquemas no âmbito da Saúde de Cuiabá.
Segundo Michelly, uma sessão extraordinária foi convocada por Juca do Guaraná para a próxima segunda-feira (8).