O Ministério Público (MPMT) ouviu o vereador de Campo Verde (132 km de Cuiabá), Gregório do Mercado Popular (Solidariedade), também conhecido como “Mosquito”, investigado por rachadinha. Além dele, também foram ouvidos o servidor L.R.F e o presidente da Câmara Municipal, Francisco Silvio Pereira da Cruz (União Brasil). Segundo a denúncia, Gregório cobrava a devolução de R$ 1,3 mil do salário de L. R. F para mantê-lo no cargo na equipe do parlamentar.
Uma fonte disse ao HNT que outra trabalhadora ligada a Gregório, que salvou prints de conversas com o vereador sobre as “rachadinhas”, também passou por depoimento no MP.
O processo é sigiloso e o órgão afirmou à reportagem que está disposto a patrocinar ação na Justiça comum se obtiver provas.
A denúncia também é apurada pela Comissão de Ética da Câmara e, caso venha a ser comprovada, pode implicar na cassação de Gregório. O vereador ainda é alvo de outra polêmica. Duas servidoras procuraram a ouvidoria do Legislativo para acusá-lo de assédio sexual. O grupo de trabalho já acolheu a segunda denúncia e iniciou a audição de testemunhas.
CONTRATAÇÃO
À reportagem, Gregório disse que L.R.F é esposo de uma funcionária que trabalha como “caixa” do Mercado Popular e foi indicado para dar suporte às demandas administrativas do mandato. Porém, o servidor não estaria correspondendo às expectativas e seria desligado. Mosquito o teria procurado para conversar e dar um “feedback” sobre o rendimento no expediente. Conforme Gregório, foi nessa ocasião que expôs a intenção de exonerar o servidor. A partir dessa conversa, de acordo com Mosquito, L.R.F começou a articular sua permanência espalhando o suposto repasse de R$ 1,3 mil.
“Eu iria exonerar ele, mas ele ficou sabendo e inventou isso. Iria exonerar porque não estava desenvolvendo o serviço dele na Câmara como deveria. Simplesmente, ele sentiu que iria perder o serviço e acusou a gente”, declarou o vereador ao HiperNotícias.
(HNT)