O volume de vendas do comércio varejista cresceu pelo segundo mês consecutivo e atingiu o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. O índice teve alta de 1% em fevereiro, em comparação com o mês anterior, quando havia subido 2,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.

A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Em dezembro, o índice registrou queda de 1,4%. Em outubro e novembro, o comércio passou por dois meses de estabilidade (-0,3% e 0,2%, respectivamente).

“Entre os destaques dessa passagem é termos observados dois meses consecutivos de altas, o que não acontece desde meados de 2022. No entanto, naquele momento o crescimento combinado dos dois meses foi menor, menos intenso. Outro aspecto a ser destacado é que nos últimos dois anos ou janeiro ou fevereiro vieram mais fortes, mas com posterior queda. Em 2024, houve alta tanto em janeiro quanto em fevereiro”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Atividades

Em fevereiro, seis das oito atividades pesquisadas apresentaram taxas positivas. Os destaques foram os setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), que exerceram as principais influências sobre o resultado total do comércio varejista.

Por outro lado, combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) registraram queda na passagem de janeiro para fevereiro.

Fevereiro de 2024 x fevereiro de 2023

Em fevereiro, as vendas no varejo aumentaram 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento ocorreu em cinco dos oito setores do varejo restrito:

• artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,5%);

• equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (10,5%);

• hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%);

• outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,6%);

• móveis e eletrodomésticos (3,7%).

Já os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-6,0%), tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e combustíveis e lubrificantes (-0,2%) recuaram nesse período. No varejo ampliado, as três atividades adicionais registraram alta: veículos e motos, partes e peças (16,6%), material de construção (5,0%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%).

“Um fato muito interessante nesse indicador é que todas as unidades da federação observaram crescimento no comércio varejista em fevereiro, algo que havia acontecido pela última vez em abril de 2021, justamente na comparação com o pior momento da pandemia de 2020″, destaca o gerente da pesquisa.

(R7)