Veja quais equipes têm mais chances de vencer na rodada do Brasileiro

• Embora o Fluminense esteja em um momento de baixa em relação a gols aéreos (quatro dos últimos dez – 40% – e dez dos últimos 20 – 50%), é provável que marque assim porque o Ceará sofre muito com essas jogadas. Sem contar pênaltis e faltas diretas, levou com bolas altas sete dos últimos dez (70%) e 12 dos últimos 20 (60%).
• No Brasileirão, o Fluminense tem o quarto melhor desempenho mandante (5V, 2E, 1D, 71%), enquanto o Ceará é o quarto pior visitante (1V, 1E, 5D, 19%).
• A precisão do ataque do Fluminense é sua grande virtude: é o quarto mandante que menos finalizações faz, mas o segundo que precisa de menos finalizações para fazer um gol, apenas 6,4. Como comparação, o Ceará precisa de 11,9 para conseguir o mesmo quando visitante, 14º desempenho.

• O Coritiba é o terceiro pior mandante do Brasileirão (2V, 2E, 3D, 38%), enquanto o Santos é o terceiro melhor visitante da competição (3V, 2E, 2D, 52%).
• A equipe paulista está muito desfalcada, mas conta com o provável retorno de Soteldo. Perdeu em casa para o Atlético-GO desperdiçando muitas e sofrendo poucas finalizações.
• As duas equipes fizeram quatro dos últimos dez gols a partir de bolas aéreas. Sem contar pênaltis e faltas diretas, o Coritiba sofreu quatro, e o Santos cinco dos últimos dez. É baixo o potencial para gol aéreo na partida.

• O Athletico-PR é o segundo visitante com pior média de gols marcados no Brasileirão, 0,83 por partida. Curiosamente, só o Atlético-GO é pior (média 0,56). Mas o time goiano quando mandante tem o sétimo melhor ataque (1,57) enquanto o paranaense, a quinta pior defesa visitante (1,67).
• Nos jogos em casa, o Atlético-GO precisa em média de 8,9 finalizações para conseguir um gol, oitava maior marca mandante. Já o Athletico-PR fora de casa tem levado um gol a cada 7,3 finalizações, terceira pior marca entre os visitantes.
• É um jogo para sucesso em jogadas de bola rasteira. O Atlético-GO só fez três dos últimos dez gols pelo alto, o paranaense levou apenas quatro dos últimos dez dessa forma, sem contar pênaltis e faltas diretas. O paranaense fez cinco dos últimos dez pelo alto, mas o goiano, só levou quatro.

• O São Paulo é o segundo melhor mandante do Brasileirão (5V, 2E, 0D, 81% de aproveitamento) e recebe o nono visitante (1V, 4E, 2D, 33%). O time paulista tem o quarto melhor ataque caseiro, média 1,71, e a segunda melhor defesa (0,57). Fora de casa, o Grêmio tem o décimo ataque (1,00) e a sexta defesa (1,14).
• Um dificultador para o São Paulo na partida é que sem contar pênaltis e faltas diretas, o Grêmio sofreu sete dos últimos dez gols e 12 dos últimos 20 (60%), mas o ataque do São Paulo só fez três dos últimos dez dessa forma. Mas como o Grêmio sofre muito pelo alto, pode acontecer.
• O Grêmio é bem mais eficiente no jogo aéreo quando tem a bola do que quando se defende. Dos últimos dez gols que fez, o Grêmio conseguiu seis pelo alto. O São Paulo só levou quatro de dez assim, mas está fechando seu espaço aéreo só agora, pois levou 11 dos últimos 20 gols (55%) pelo alto.

• A defesa do Corinthians precisará ficar muito atenta ao jogo aéreo pois há grande potencial para o Flamengo fazer gol dessa forma. Dos últimos dez gols que a equipe paulista sofreu sem contar pênaltis e faltas diretas, sete nasceram em jogadas pelo alto, e dos últimos dez marcados pelo Flamengo, oito foram aéreos.
• O Corinthians marcou pelo alto seis dos últimos dez gols, também uma alta na influência, mas o Flamengo melhorou sua defesa antiaérea nos últimos jogos: levou nove dos últimos 20 gols pelo alto (45%), mas dos últimos dez, só três nasceram assim (30%).
• O Flamengo é o melhor visitante da competição (5V, 1E e 2D, 67%) e seu treinador já conhece melhor as possibilidades de cada atleta do que Vagner Mancini, que só dirigiu o Corinthians em uma partida. A maratona de jogos é um complicador para o Flamengo.

• Um desafio gigantesco para o Vasco porque grosso modo o Internacional só leva gol de bola aérea (foram oito dos últimos dez sofridos (80%) e 13 dos últimos 20 (65%), mas o Vasco só fez quatro dos últimos dez (40%) e cinco dos últimos 20 (25%) dessa forma, sem contar pênaltis e faltas diretas.
• O desempenho recente da defesa vascaína não é animador. O time disputou 14 jogos pelo Brasileirão. Nos dez primeiros, levou dez gols. Só que nas últimas quatro partidas também levou dez gols, e a média que era de 1,0 gol sofrido por partida subiu para 2,5.
• Em seus dez primeiros jogos, o Internacional marcou 15 gols, média de 1,5 por partida. Nos seis jogos seguintes, fez 11 gols, e a média de gols marcados subiu para 1,83.

• O Bragantino é o sexto mandante que mais finaliza (média 15,6) no Brasileirão, mas precisa de 12,1 finalizações em média para conseguir um gol, quinta pior eficiência caseira. Tem o 12º ataque mandante (média 1,29 gol feito por jogo) e a 15ª defesa (média 1,43 gol sofrido).
• O Bragantino tem o terceiro pior aproveitamento mandante no Brasileirão (2V, 2E, 3D, 38%), e o Sport é o nono visitante (2V, 2E, 4D, 33%). Só que o Sport tem o terceiro pior ataque visitante (média 0,88 por jogo) e a 12ª defesa (média 1,5).
• A favor do Sport há o fato de estar se tornando um especialista no jogo aéreo, com oito dos últimos dez (80%) e 14 dos últimos 20 (70%) gols marcados tendo essa origem. O Bragantino sofre com a bola alta. Levou assim seis dos últimos dez e 13 dos últimos 20 (65%).

• O Fortaleza tem a melhor defesa mandante entre os 20 times da Série A com apenas três gols sofridos em sete jogos (média 0,43). O Palmeiras está com a melhor defesa visitante da competição, com seis gols sofridos em sete partidas (média 0,86). É um jogo que tende para o equilíbrio.
• O time do Palmeiras vai querer mostrar poder de reação no primeiro jogo após a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo, mas ser treinado pelo interino Andrey Lopes tende a ser um dificultador contra uma equipe tão bem organizada por Rogério Ceni.

• Difícil imaginar o estado físico do time do Goiás para essa partida. Jogou sábado (Atlético-MG, em Belo Horizonte), terça-feira (Flamengo, no Rio), jogaria neste sexta-feira (Bahia, em Goiânia) e novamente na segunda-feira (Botafogo, novamente no Rio). Quatro jogos, aeroportos e hotéis em dez dias.
• O Goiás faz um gol a cada 7,22 finalizações, a segunda melhor eficiência de toda a competição. Quando visitante, precisa de nove conclusões para conseguir um gol, quinta melhor marca. Mas o Botafogo é a segunda equipe que exige mais finalizações de adversários para que consigam um gol, em média 12 tentativas.
• Mas em o outro lado: embora na média o Botafogo precise de 11,4 finalizações para conseguir um gol (14ª marca), é provável que tenha uma marca melhor neste confronto, já que o Goiás é o time contra o qual os adversários precisam de menos chances para marcar: um gol sofrido a cada 7,9 arremates.

• Chama a atenção o fato de que nas sete vezes em que as equipes se enfrentaram pela Série A com mando do Bahia de 2006 para cá, houve empate. Um padrão incrível. Ainda assim, o Atlético-MG está com a liderança ameaçada e será o último a entrar em campo na rodada. Deve pressionar desde o início.
• O Bahia tem o quinto pior aproveitamento mandante do Brasileirão (3V, 1E, 4D, 42%) e nos últimos 13 jogos, venceu dois, empatou três e perdeu oito (23% de aproveitamento). Terá de fazer algo muito diferente para conseguir parar a equipe de Jorge Sampaoli, que venceu nove e empatou um nos últimos 13 jogos (72%).
• O Atlético-MG é a equipe que mais finaliza no Brasileirão, média de 17,2 finalizações por jogo, e faz um gol a cada 8,6 tentativas, quinta maior eficiência. Fez quatro dos últimos dez gols pelo alto, e o Bahia levou cinco dos últimos dez dessa forma sem contar pênaltis e jogadas aéreas.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 68.424 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.812 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Favoritismos acertou 66 resultados em 147 partidas analisadas, aproveitamento de 45%.