Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #28 do Brasileirão, com a evolução da média móvel de expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários. A cada cinco jogos, é formada uma média por jogo dessas produções, por isso, o gráfico começa na rodada #5. Além disso, compara o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando, considerando também as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 71.126 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.927 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual de cada equipe. Obrigado pela leitura. Ótimo jogo. Saúde!

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Empate

  • O Botafogo tem o pior desempenho entre os mandantes do Brasileirão (2V, 5E, 7D, 26%) com o segundo pior ataque (média 0,86) e a terceira pior defesa (1,36) mandantes. Recebe o Athletico-PR, 12ª campanha visitante (4V, 1E, 8D, 33%). Uma esperança para o botafoguense está nos contra-ataques: o Athletico-PR é o segundo time que mais sofreu finalizações assim (48), e o Botafogo, o segundo que mais fez (também 48). O Athletico-PR sofreu quatro gols nessas jogadas; o Botafogo só fez um, mas o potencial está ali.
  • Outro potencial na partida é haver pênalti: foram nove contra o Botafogo (segunda maior marca negativa) e seis contra o Athletico-PR (quarta maior marca negativa). Apenas um pênalti foi marcado a favor do Athletico-PR (menor marca), mas cinco a favor do Botafogo (nona marca positiva). Em relação à bola aérea, as duas equipes estão controlando melhor o espaço aéreo: o Botafogo levou pelo alto três do últimos dez, e o Athletico-PR, quatro. O Botafogo fez com bolas aéreas seis dos últimos dez gols; o Athletico-PR, quatro.
  • Quando mandante, o Botafogo tem média de 13,5 finalizações por jogo (nona marca), mas precisa de 14,5 para conseguir um gol (terceiro pior desempenho mandante), e o Athletico-PR quando visitante sofre em média 14,7 finalizações por jogo (15ª marca) e resiste a 10,6 finalizações até sofrer um gol (sétimo desempenho defensivo visitante). Quando ataca, a equipe paranaense consegue em média 10,7 finalizações por partida (11ª marca), mas precisa de 12,6 conclusões para fazer um gol (15ª). O Botafogo é o segundo mandante que mais sofre finalizações (13,5) e só consegue resistir a 10,0 (13ª marca mandante).
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Grêmio

  • O Grêmio é o terceiro melhor mandante do Brasileirão (8V, 4E, 1D, 72% de aproveitamento) com o quarto melhor ataque caseiro (média 1,85) e recebe o Bahia, o terceiro pior visitante da competição (2V, 3E, 8D, 23%) com a pior defesa visitante (média 2,08). Em sete jogos pela Série A desde 2006 com este mando, o Grêmio venceu quatro, empatou dois e perdeu apenas um, mas foi no ano passado. Nesta edição do Brasileirão, o Grêmio não perde há 12 jogos e em casa venceu as últimas sete partidas que disputou.
  • O Bahia é o 16º colocado com 28 pontos, a mesma pontuação do Vasco, que tem um jogo a menos e está na zona do rebaixamento. O Bahia é o visitante que menos suporta pressão: apesar de ser a oitava equipe que menos sofre finalizações (12,6), leva um gol a cada 6,1 tentativas adversárias, pior marca defensiva entre os visitantes.
  • O Grêmio é o quarto mandante que mais finaliza (16,6), e o sexto que precisa de menos finalizações para marcar (9,0). O Bahia é o quarto visitante que mais finaliza (13,9), mas é o quinto que mais precisa de finalizações para conseguir um gol (12,9). O Grêmio na temporada é o time com mais jogos sem levar gols. No Brasileirão, é o mandante que menos permite finalizações aos adversários (média 8,4), mas o quinto que menos resiste, sofrendo um gol a cada 9,1 finalizações em média.
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Favorito >> Empate

  • O Sport tem o 13º aproveitamento mandante (6V, 1E, 6D, 49%) e recebe o Fortaleza, 15º visitante (2V, 5E, 6D, 28%). Embora o Sport tenha vencido apenas uma das últimas oito partidas, em casa está um pouco melhor, com duas vitórias nos últimos cinco jogos, um empate e duas derrotas. No longo prazo, é um confronto direto contra o rebaixamento, já que o Sport tem 29 pontos e está na 15ª colocação, e o Fortaleza tem 31 pontos e está no 14º lugar na classificação. Não só o Fortaleza também venceu apenas um dos últimos oito jogos como venceu apenas um dos últimos 12 e, fora de casa, venceu um dos últimos sete jogos.
  • O Sport consegue em média 12,1 finalizações quando mandante (14º desempenho) e precisa de 11,2 tentativas para conseguir um gol (13º desempenho). Quando visitante, o Fortaleza sofre em média 14,5 finalizações (13º desempenho visitante), mas é a terceira defesa visitante que mais suporta pressão, exigindo em média 12,5 conclusões até sofrer um gol). O Fortaleza é o quarto visitante que menos finaliza (média 9,7) e em média precisa de 10,5 conclusões até conseguir um gol (décimo desempenho). O Sport em casa sofre 12,2 finalizações por partida em casa (14ª média), mas só resiste a 9,9 até sofrer um gol (também o 14º desempenho).
  • O jogo aéreo vem sendo importante para o Sport: sem contar pênaltis e faltas diretas, dos últimos dez gols que marcou, fez seis a partir de jogadas aéreas e dos dez anteriores, foram nove pelo alto, mas o Fortaleza só levou dois dos últimos dez gols em bolas altas. Essa é uma questão chave no jogo. O Fortaleza fez cinco dos últimos dez gols pelo alto e seis dos dez anteriores, e o Sport sofreu seis pelo alto dos últimos dez que levou e sete dos dez anteriores. Neste jogo especificamente, a bola aérea tem potencial de risco para o Sport.
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Favorito >> Coritiba

  • O Coritiba tem o segundo pior desempenho mandante do Brasileirão (3V, 3E, 7D, 31%) e apesar de ter a quinta melhor defesa (média 0,85), tem o pior ataque mandante (média 0,54). Recebe o Goiás, pior visitante do Brasileirão (1V, 4E, 8D, 18%), com a sexta pior defesa (média 1,62) e o sexto pior ataque visitante (média 1,0). Um confronto direto contra o rebaixamento, já que o Coritiba é o último colocado com 21 pontos, e o Goiás, o antepenúltimo com 23 pontos.
  • As duas equipes vivem uma gangorra de emoções com o jogo aéreo: o Coritiba vinha fazendo oito e levando sete de dez gols com a bola viajando pelo alto, e o Goiás fazia e sofria sete em dez gols. Mas tudo mudou de repente: o Coritiba passou a levar apenas três dos últimos dez gols pelo alto, mas a marcar apenas dois. E o Goiás também só levou dois dos últimos dez gols a partir de bolas aéreas, sem contar pênaltis e faltas diretas, mas conseguiu fazer cinco. Será curioso acompanhar para que lado vai pender o desempenho nesta rodada.
  • O problema maior do Coritiba é a baixa produtividade ofensiva: é o mandante que menos finalizações faz por jogo (9,9) e o que mais precisa de tentativas para conseguir um gol (18,4). Muito curiosamente, o Goiás é o visitante que mais sofre finalizações (18,8), mas é o quinto que mais resiste a elas, exigindo em média 11,7 conclusões até sofrer um gol.
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Favorito >> Flamengo

  • Os dois clubes mandam jogos no Maracanã e, além disso, o histórico mostra que o mando interfere pouco no resultado: quando o Flamengo mandou, venceu seis vitórias. Houve, quatro empates e quatro vitórias do Fluminense; quando o mando foi do Fluminense, venceu quatro, houve três empates e oito vitórias do Flamengo. Ou seja, o Flamengo vence mais com qualquer mando. O Flamengo é o quinto mandante do Brasileirão (7V, 4E, 2D, 64%), e o Fluminense, o nono visitante (4V, 3E, 6D, 38%). O Fluminense é o sétimo mandante (7V, 4E, 3D, 60%).
  • Na soma dos mandos, o Flamengo é a quarta equipe que mais finaliza na competição (média de 14,7 por partida) e faz um gol a cada 8,3 (terceiro melhor desempenho). O Fluminense tem a 15ª média de finalizações (10,7), mas consegue um gol a cada 8,3 tentativas (segundo melhor desempenho). O Flamengo mandante faz um gol a cada 8,5 tentativas (quinto desempenho), mas a eficiência mandante do Fluminense é maior, com um gol a cada 7,0 tentativas, terceira maior entre os mandantes. Quando visitante, o Fluminense faz um gol a cada 9,3 tentativas (sexta marca visitante).
  • Em casa, o Flamengo sofre em média 10,2 finalizações (sexta marca), mas leva um gol a cada 7,8 finalizações que sofre, que é o pior desempenho defensivo entre os mandantes. Quando é mandante, o Fluminense tem média de um gol sofrido por jogo, levando 10,4 finalizações por partida. Quando é visitante, o Fluminense sofre 12,8 finalizações por partida (nona marca visitante) e sofre um gol a cada 9,82 (11ª marca).
  • A jogada aérea já foi a bola de segurança do Flamengo, mas dos últimos dez gols da equipe sem contar pênaltis e faltas diretas, só quatro nasceram a partir de jogadas aéreas, assim como dos dez anteriores. O Fluminense, também tem quatro dos últimos dez. Mas dos dez anteriores, o Fluminense havia feito nada menos que sete a partir de bolas altas. E esse pode se tornar um caminho na partida, pois o Flamengo levou pelo alto cinco dos últimos dez gols; o Fluminense só levou três assim.
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Favorito >> São Paulo

  • O Bragantino é o nono mandante do Brasileirão (6V, 3E, 4D, 54%) e recebe o São Paulo, segundo melhor visitante (7V, 4E, 3D, 60%), com o melhor ataque visitante (média 1,14). São duas equipes que concentram seu jogo na troca de passes rasteiros.
  • Quando mandante, a equipe de Bragança tem uma característica diferente. Os dois times só fizeram três dos últimos dez gols a partir de bolas aéreas sem contar pênaltis e faltas diretas. Porém, dos últimos dez gols que fez em casa, o Bragantino marcou seis pelo alto. Isso pode ser um problema para o São Paulo, que levou quatro dos últimos dez gols em jogadas aéreas, mas seis dos dez anteriores. O Bragantino também é vulnerável pelo alto, tendo levado dessa forma seis gols dos últimos dez e também dos dez anteriores. O São Paulo só fez três de seus últimos dez gols pelo alto, mas cinco dos dez anteriores.
  • O Bragantino é o sexto mandante que mais finaliza na competição (média 15,5), mas precisa de 10,1 finalizações em média para fazer um gol (11º desempenho). O São Paulo é o segundo visitante que menos permite finalizações adversárias ( média 10,1), mas leva um gol a cada 8,8 finalizações que sofre (14º desempenho).O São Paulo é o terceiro visitante que mais finaliza no Brasileirão (14,1 por partida) e também o terceiro que precisa de menos finalizações para conseguir um gol (8,2). O Bragantino tem média de um gol sofrido por partida. Se é o terceiro mandante que menos permite finalizações, é o quarto que menos resiste a elas,.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Empate

  • O Ceará é o décimo mandante do Brasileirão (5V, 5E, 3D, 51%) e recebe o Internacional, quarto melhor visitante (5V, 4E, 5D, 45%). Pela Série A, o Internacional ainda não venceu como visitante o Ceará em quatro jogos. Neste ano, tem o quarto melhor ataque (1,21) e a quarta melhor defesa (1,07) visitantes. O Ceará já fez sete gols em contra-ataques (melhor desempenho, mas só dois em casa), e o Internacional já sofreu quatro (12º desempenho defensivo, dois fora). Já foram marcados sete pênaltis a favor do Internacional (quinta maior marca) e também sete pênaltis contra o Ceará na competição.
  • Quando mandante, o Ceará faz em média 13,9 finalizações por partida (sétima marca mandante), mas precisa de 11,3 para conseguir um gol (14ª marca). Fora de casa, o Internacional sofre em média 8,9 finalizações (menor marca visitante), mas curiosamente tem sofrido um gol a cada 8,3 (quarta pior marca defensiva visitante). Quando ataca, o Internacional faz em média 10,6 finalizações (12ª marca) e consegue um gol a cada 8,8 (quinta melhor média visitante). O Ceará sofre em casa em média 11,1 finalizações por partida (décima marca) e leva um gol a cada 10,3 (também décima).
  • O Ceará fez apenas três dos últimos dez gols a partir de bolas aéreas e tinham sido quatro entre os dez anteriores. Não é o seu forte, mas o Internacional levou a partir de bolas altas cinco dos últimos dez, mas só três dos dez anteriores. Se vem levando mais, também tem feito mais gols com o jogo aéreo: o Internacional fez cinco dos últimos dez dessa forma e três dos dez anteriores. O Ceará levou quatro dos últimos dez pelo alto e seis dos dez anteriores.
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Favorito >> Atlético-GO

  • O Atlético-GO tem o quarto pior desempenho entre os mandantes (3V, 6E, 4D, 38%) e recebe o Vasco, 13º visitante (3V, 3E, 7D, 31%). A equipe goiana disputou em 2020 oito jogos contra os grandes cariocas contando a Copa do Brasil. Venceu quatro (inclusive o Vasco em São Januário), empatou três e só perdeu um (para o Fluminense, no Rio). Isso é um detalhe, mas que faz diferença na confiança dos atletas. Dos últimos 12 jogos como visitante, o Vasco venceu um (Sport), empatou quatro e perdeu sete, mas agora tem o técnico Vanderlei Luxemburgo.
  • Em casa, o Atlético-GO faz em média 13,8 finalizações por partida (oitava marca), mas precisa de 11,9 tentativas para conseguir um gol (quinta pior eficiência ofensiva mandante). O Vasco fora de casa sofre em média 15,7 finalizações por partida (quarto pior desempenho) e só suporta 8,2 finalizações até levar um gol (terceiro pior desempenho). No ataque, o Vasco faz em média 9,2 finalizações por partida (terceira menor marca), mas faz um gol a cada 8,5 tentativas (quarta melhor marca visitante). O Atlético-GO sofre em média 12 finalizações por partida em casa (12ª marca) e sofre um gol a cada 9,2 (15ª marca).
  • O Vasco tem feito mais gols no jogo aéreo, seis dos últimos dez gols sem contar pênaltis e faltas diretas foram marcados a partir de bolas altas e quatro entre os dez anteriores. Mas tem sofrido mais gols assim: cinco dos últimos dez em comparação com dois dos dez anteriores. O Atlético-GO sofria três, mas dos últimos dez que levou, foram quatro aéreos. No ataque, o Atlético-GO só fez dois dos últimos dez a partir de jogadas aéreas e também dos dez anteriores.

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 70.885 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.917 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

De cada cem finalizações da meia lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia lua tem cerca de 0,07 expectativa de gol (xG). Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de virar gol, que cresce se for um contra-ataque, por haver menos adversários para evitar a finalização. Cada pontuação é somada a longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Para os gráficos, cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

Favoritismos acertou 114 resultados em 254 partidas analisadas, aproveitamento de 45%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Saldanha, Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti.  (Globo Esporte)