Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #27 do Brasileirão. A partir desta edição, passa a oferecer também a evolução da média móvel de expectativa de gol (xG) de cada equipe. É a produção do time no ataque e do adversário desse time. A cada cinco jogos, é formada uma média dessas produções, por isso, o gráfico começa na rodada #5. Além disso, compara o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando, considerando as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 70.885 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.917 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual de cada equipe. Obrigado pela leitura. Ótimo Natal para todos. Saúde!

No gráfico de xG do Atlético-MG fica evidente como já foi bem maior a produtividade ofensiva (linha preta) da equipe mineira — Foto: Espião Estatístico

No gráfico de xG do Atlético-MG fica evidente como já foi bem maior a produtividade ofensiva (linha preta) da equipe mineira — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-MG

  • O Atlético-MG tem a segunda melhor campanha mandante (9V, 3E, 1D, 77%) com o melhor ataque mandante (29 gols em 13 jogos, média 2,23) e a quarta melhor defesa caseira (11 gols sofridos, média 0,85) e recebe o Coritiba, segunda pior campanha visitante (2V, 3E, 8D, 23%) com a segunda pior defesa (24 gols sofridos em 13 jogos, média 1,85). A tendência é o Atlético-MG buscar o jogo aéreo, já que sete dos últimos dez gols saíram dessa forma, e o Coritiba venha levando metade de seus gols assim.
  • Há forte potencial para gol de contra-ataque do Atlético-MG. Além de a equipe ser a que mais gols fez dessa forma (sete gols, sendo seis deles em casa), o Coritiba é o terceiro time que mais levou gols em contragolpes (foram cinco, todos eles quando visitante, como nesta rodada). Mas não será surpresa também se o Coritiba conseguir um gol dessa forma, pois já fez quatro assim (sétima marca, três quando visitante), e o Atlético-MG já levou seis, pior desempenho. A chance é menor porque cinco dos gols sofridos pelos mineiros foram quando visitante.
  • Em média, o ataque mineiro faz 16,9 finalizações em casa e um gol a cada 7,6. Ambas são a quarta melhor marca caseira. Fora, o Coritiba sofre em média 15,8 finalizações (terceira pior marca) e um gol a cada 8,5 conclusões (quinto visitante que menos suporta pressão). Quando vai ao ataque, o Coritiba fora de casa faz em média 10,4 conclusões (12ª marca) e um gol a cada 9,6 tentativas (sétima marca). Em casa, o Atlético-MG sofre em média 9,2 finalizações (quinto melhor desempenho) e leva um gol a cada 10,9 conclusões sofridas (nona marca).
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

  • O Fortaleza tem o 12º desempenho mandante (5V, 4E, 4D, 49%), com segunda melhor defesa (dez gols sofridos em 13 jogos, média 0,77). Só o São Paulo consegue melhor desempenho defensivo em casa (média 0,46). Já ataque do Fortaleza é o terceiro pior mandante (12 gols, média 0,92). O Flamengo tem o melhor desempenho visitante (7V, 2E, 3D, 64%) com o segundo melhor ataque visitante (20 gols marcados em 12 jogos, média 1,67). Curiosamente, só o São Paulo tem melhor desempenho ofensivo fora de casa (média 1,69). A defesa é apenas a 13ª visitante (18 gols sofridos, média 1,5).
  • Quando mandante, o Fortaleza faz 10,9 finalizações, terceira menor média, e precisa de 11,8 finalizações para conseguir um gol, quinta pior média. O Flamengo fora sofre 13,9 finalizações por jogo, 11ª marca, e resiste a 9,3, 13ª marca. O ataque do Flamengo quando visitante faz em média 12,8 finalizações, quinta maior marca, e precisa de 7,7 finalizações em média para conseguir um gol, segunda melhor marca. O Fortaleza em casa só permite 9,1 finalizações aos visitantes, quarta melhor média caseira, e leva um gol a cada 11,8 finalizações que sofre, quinta melhor marca.
  • Como bem mostra o gráfico de xG, o Flamengo vive sua fase mais produtiva no ataque (linha preta) no mesmo momento em que a defesa dificulta mais a produção dos adversários, ainda que o Bahia tenha conseguido finalizar mais na rodada passada e marcado três gols, o que deu uma quebrada na sequência defensiva (linha vermelha) do time carioca. Por coincidência, o gráfico do Fortaleza mostra as mesmas tendências de melhora, apesar da queda na rodada passada no clássico contra o Ceará, o que traz uma expectativa especial para o confronto.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Goiás

  • O Goiás tem a terceira pior campanha mandante (3V, 4E, 6D, 33%) e a pior defesa caseira (21 gols sofridos em 13 jogos, média1,62), mas o gráfico de xG aponta uma subida persistente da defesa goiana (linha vermelha), que não levou gol em dois (Palmeiras e Grêmio) dos últimos cinco jogos em casa. O Sport não fez gol em cinco dos últimos seis jogos fora de casa e tem o quarto pior desempenho visitante (2V, 4E, 7D, 26%), com o pior ataque (nove gols em 13 jogos, média 0,69).
  • O Sport tem dependido muito do jogo aéreo para fazer gol: foram seis dos últimos dez e nove dos dez anteriores. Será um ótimo teste para a defesa do Goiás, que recentemente passou a controlar melhor seu espaço aéreo, com apenas dois gols aéreos entre os últimos dez que sofreu. Nos dez anteriores, sete tinham sido marcados a partir de bolas altas. E defensivamente o Sport precisa estar muito alerta por levou seis dos últimos dez gols pelo alto, assim como dos dez anteriores, e se o Goiás só fez quatro dos últimos dez assim, fez oito dos dez anteriores.
  • Quando mandante, o Goiás faz 11,3 finalizações, quarta pior média, mas precisa de 9,8 tentivas para conseguir um gol, décima marca. O Sport fora de casa sofre em média 17,8 finalizações (segunda defesa mais pressionada entre os visitantes), mas é a quarta que mais suporta essa pressão, sofrendo um gol a cada 12,2 tentativas. No ataque, a equipe pernambucana finaliza 7,6 vezes, pior marca visitante, e precisa de 11 tentativas para conseguir um gol, 13ª marca.
O São Paulo venceu sete dos últimos dez jogos pelo Brasileirão, mesmo produzindo menos no ataque (linha preta). Eficiência cresceu — Foto: Espião Estatístico

O São Paulo venceu sete dos últimos dez jogos pelo Brasileirão, mesmo produzindo menos no ataque (linha preta). Eficiência cresceu — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Empate

  • O Fluminense venceu quatro dos últimos dez jogos pelo Brasileirão e perdeu três, enquanto o São Paulo venceu sete e só perdeu um. O time carioca é o quinto melhor mandante (7V, 4E, 2D, 64%) e a equipe paulista é a segunda melhor visitante (6V, 4E, 3D, 56%) com o melhor ataque (22 gols em 13 jogos, média 1,69).
  • Será um grande teste para a defesa do São Paulo, que melhorou o controle de seu espaço aéreo, mas sofreu quatro dos últimos dez gols a partir de bolas altas, sendo que dos dez anteriores foram sete. O Fluminense está com cinco dos últimos dez gols feitos em bolas aéreas, mas fez sete dos dez anteriores pelo alto. Tem potencial. A equipe carioca só levou três gols pelo alto entre os últimos dez gols que sofreu e também entre os dez anteriores, mas o jogo do São Paulo é muito mais rasteiro, com apenas dois gols aéreos entre os dez últimos gols que fez e cinco entre os dez anteriores.
  • A precisão é o forte do ataque do Fluminense, que faz apenas 11,8 finalizações em casa, quinta pior média mandante, mas precisa de 7,0 para conseguir um gol, terceira maior eficiência. E está aí outro desafios para o time paulistano, o segundo que menos permite finalizações aos mandantes (10,3), mas que leva um gol a cada 8,93, apenas o 14º desempenho visitante. Só que pressiona muito: é o segundo visitante que mais finaliza (14,5 vezes por jogo) e o quarto mais preciso, fazendo um gol a cada 8,6 tentativas.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Empate

  • O Botafogo é o pior mandante do Brasileirão (2V, 5E, 6D, 28%), com o quinto pior ataque caseiro (12 gols em 13 jogos, média 0,92). Como mostra a linha preta do gráfico de xG, apesar do soluço recente, seu ataque passa por momento de baixa produtividade: havia sete jogos que o time não fazia mais de um gol, mas fez contra o Coritiba e venceu na rodada passada. Serve de estímulo. O Corinthians é o sexto melhor visitante (4V, 4E, 5D, 41%) com a segunda melhor defesa visitante (13 gols sofridos em 13 jogos). Como mostra a linha vermelha do gráfico de xG, seu desempenho defensivo vem crescendo.
  • O Botafogo faz em média 13,2 finalizações por jogo em casa, 11ª marca, mas precisa de 14,3 para conseguir um gol, terceiro pior desempenho mandante. Terá uma dureza pela frente: o Corinthians resiste a 15 finalizações em média até sofrer um gol fora de casa, a maior resistência defensiva entre os mandantes. Porém, no ataque o Corinthians faz 9,2 finalizações por partida, quarta pior média visitante, e precisa de dez para conseguir um gol, oitava marca. O Botafogo sofre em casa 13,3 finalizações, terceira pior média mandante, e sofre um gol a cada 10,2 (11ª marca).
  • A esperança da torcida botafoguense está no jogo aéreo: o Botafogo fez assim seis dos últimos dez gols (mas só três dos dez anteriores), e o Corinthians sofreu pelo alto seis dos últimos dez gols e sete dos dez anteriores. O time paulistano fez a partir de bolas aéreas quatro dos últimos dez gols e seis dos dez anteriores, mas o Botafogo só sofreu três dos últimos dez pelo alto, mas cinco dos dez anteriores.
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Favorito >> Internacional

  • Mesmo quando mandante, o Bahia historicamente encontra dificuldades quando recebe o Internacional. Venceu apenas um de seis jogos em casa pela Série A de 2006 para cá, e como mostra o gráfico de xG, tanto ataque (linha preta) quanto defesa (linha vermelha) estão em declínio, e a diferença entre elas voltou a ser negativa, enquanto a defesa do Inter está crescendo. O Bahia é o 12º mandante (6V, 1E, 6V, 49%) com a segunda pior defesa (média 1,46 gol sofrido por jogo). O Inter é o sexto visitante (4V, 4E, 5D, 41%), com o quinto ataque (1,15) e a quinta melhor defesa (1,08).
  • Em casa, o Bahia faz um gol a cada 9,7 finalizações e consegue 13,5 conclusões por partida, ambas a nona média mandante. Precisará ser cirúrgico para se impor: o Internacional permite apenas 8,5 finalizações a mandantes, melhor média entre os visitantes, mas sofre um gol a cada 7,9 (terceira pior marca). Só que o ataque gaúcho também é cirúrgico: se faz 10,3 finalizações por jogo (13ª marca), faz um gol a cada 8,9 tentativas, quinta melhor média visitante. O Bahia sofre 13,1 finalizações por partida (quinta pior média) e leva um gol a cada nove (terceira que menos resiste a pressões).
  • Os números recentes indicam para um jogo mais rasteiro. O Bahia só fez dois dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e cinco dos dez anteriores, mas nos dois recortes, o Internacional só levou quatro gols pelo alto. A equipe gaúcha também só fez quatro de seus últimos dez gols pelo alto (e três dos dez anteriores), mas a defesa baiana só levou três de dez e quatro antes disso.
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Favorito >> Palmeiras

  • O Palmeiras tem o sétimo desempenho mandante (6V, 4E, 2D, 61%) e recebe o Bragantino, quarto pior visitante (1V, 7E, 5D, 26%). O gráfico de xG mostra o crescimento da defesa do Bragantino (linha vermelha), mas a produção do ineficiente ataque (linha preta) está estagnada. No Palmeiras, a defesa passa por um momento de queda, mas embora irregular, o ataque do vem subindo de patamar. Os dois times já se enfrentaram quatro vezes neste ano, e o Palmeiras venceu três e perdeu a outra, eliminando o adversário nas oitavas de final da Copa do Brasil.
  • A defesa do Bragantino sofre demais com as bolas aéreas dos adversários e é alta a probabilidade de levar gol dessa forma neste domingo. O Palmeiras marcou pelo alto sete de seus últimos dez gols (e tinha feito só três dos dez anteriores), e o Bragantino levou seis em ambos os recortes e três dos últimos quatro (75%) sem contar pênaltis e faltas diretas. O jogo aéreo também não é o forte do ataque da equipe de Bragança, que só fez três gols assim entre os últimos dez e os dez anteriores, mas o Palmeiras levou seis dos últimos dez gols pelo alto, mas só dois dos dez anteriores.
  • Em média, o Palmeiras faz 16,3 finalizações quando mandante (quinta maior marca) e precisa de 9,3 para conseguir um gol (sétima marca). Já o Bragantino sofre 12,5 finalizações quando visitante, sétima média, e leva um gol a cada 9,6 (11ª marca). No ataque, o Bragantino consegue 13,7 finalizações por jogo, quarta maior média visitante, mas precisa de 16,2 para conseguir um gol, segunda pior eficiência. Em casa, o Palmeiras sofre em média 10,9 finalizações e um gol por jogo, décima média para finalizações e oitava para resistência aos ataques dos visitantes.
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Favorito >> Santos

  • O Santos tem o oitavo desempenho mandante do Brasileirão (6V, 5E, 2D, 59%) com o terceiro melhor ataque mandante (25 gols em 13 jogos, média 1,92) e recebe o Ceará, nono visitante (4V, 3E, 6D, 38%), com o terceiro melhor ataque (21 gols em 13 jogos, média 1,62), mas a quinta pior defesa visitante (22 gols sofridos, média 1,69). O gráfico de xG mostra uma recuperação do ataque santista (linha preta), mas a defesa (linha vermelha) ainda deixa a desejar, e a diferença de rendimento (linha cinza) é negativa no segundo turno). O ataque do Ceará caiu menos, mas a defesa faz a diferença variar próximo a zero (linha azul tracejada).
  • É o confronto dos dois ataque mais precisos do Brasileirão: o Santos tem a maior eficiência mandante, um gol marcado a cada 6,4 tentativas, e o Ceará, a maior entre os visitantes, um gol a cada 6,9. Quando é mandante, o Santos sofre em média um gol a cada dez finalizações, 13ª marca, mas o Ceará leva um gol a cada 8,4 vezes que sofre uma finalização, quarta equipe menos resistente a pressões entre os visitantes. É o que dá vantagem ao Santos na partida.
  • Supostamente, o Santos deve sofrer menos nesse jogo porque o Ceará tem baixo aproveitamento nas jogadas aéreas, ponto fraco da defesa santista: a equipe levou pelo alto seis dos últimos dez gols e cinco dos dez anteriores. O Ceará fez dois dos últimos dez gols pelo alto e quatro dos dez anteriores. É mas provável que a equipe santista marque assim, pois fez a partir de jogadas aéreas sete dos últimos dez gols, embora só quatro dos dez anteriores, e o Ceará tem exatamente o inverso entre os sofridos: quatro dos últimos dez nasceram em boas altas e sete dos dez anteriores.
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Favorito >> Athletico-PR

  • De 2006 para cá, o Athletico-PR tem amplo domínio quando recebe o Vasco pela Série A. Foram oito vitórias e dois empates em dez confrontos. o Athletico-PR tem a 15ª campanha mandante (5V, 3E, 5D, 46%), com o segundo pior ataque (dez gols em 13 jogos, média 0,77), mas a segunda melhor defesa mandante (dez gols sofridos, média 0,77). O Vasco é o 12º visitante (3V, 3E, 6D, 33%), com o quarto melhor ataque (14 gols em 12 jogos, média 1,17), mas a terceira pior defesa visitante (22 gols sofridos, média 1,83). O gráfico de xG mostra a queda do clube paranaense tanto no ataque (linha preta) quando na defesa (linha vermelha) e como a diferença (linha cinza) consequentemente despenca.
  • O problema do ataque do Athletico-PR é a eficiência. É o décimo mandante em finalizações (média 13,4), mas o segundo que precisa de mais finalizações para conseguir um gol (a cada 17,4 tentativas). O Vasco é o quarto visitante que mais sofre finalizações (media 15,8) e o sexto que menos resiste a pressões, levando um gol a cada 8,6 conclusões que sofre. Quando ataque, o Vasco é o terceiro visitante que menos finaliza (em média nove vezes por jogo), mas tem a terceira maior eficiência visitante, com um gol feito a cada 7,7 tentativas. O Athletico-PR sofre 10,6 finalizações por jogo (nona marca), e sofre um gol a cada 13,8 conclusões, terceiro mandante mais resistente a pressões.
  • Deve ser mais uma partida em que o Vasco apostará na bola aérea. A equipe fez seis de seus últimos dez gols pelo alto, sem contar pênaltis e faltas diretas, e quatro dos dez anteriores. O Athletico-PR levou quatro dos últimos dez pelo alto, mas seis dos dez anteriores. O Vasco só levou quatro gols a partir de jogadas aéreas em qualquer um dos dois recortes, e o Athletico-PR fez três dos últimos dez, mas antes havia feito sete de dez.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Grêmio

  • O Grêmio é o quarto melhor mandante do Brasileirão (7V, 4E, 1D, 69%), com o quinto melhor ataque (22 gols em 12 partidas, média 1,83). Recebe o Atlético-GO, terceiro melhor visitante da competição (5V, 4E, 4D, 49%), que se tem o pior ataque visitante (nove gols em 13 jogos, média 0,69), tem a segunda melhor defesa (13 gols sofridos, média de um por jogo). O gráfico de xG mostra como a defesa gremista está subindo de produção, permitindo a adversários em média apenas 0,5 xG por partida, embora o ataque tenha perdido um pouco do vigor.
  • Em casa, o Grêmio faz 17,1 finalizações por partida, segunda melhor média mandante, e precisa de 9,3 tentativas para marcar, sexto desempenho caseiro. Fora, o Atlético-GO sofre 11,5 finalizações por jogo, quarta melhor média e sexta maior resistência às pressões, já que leva um gol por jogo em média. Quando vai ao ataque, falta eficiência: é o sexto visitante que mais finaliza (12,1), mas é o que precisa de mais finalizações para fazer um gol (17,4). Será curioso ver o que acontecerá: o Grêmio é o mandante que menos permite finalizações, mas o quinto que menos resiste a elas, com um gol sofridos a cada 9,1 finalizações que sofre.
  • O Atlético-GO tem mais sucesso no jogo rasteiro, com apenas dois gols aéreos entre os últimos dez que marcou e quatro entre os dez anteriores, mas o ponto fraco da defesa gremista está no jogo aéreo, que tem influência de seis entre os dez últimos gols sofridos e sete dos dez anteriores. O time goiano controla relativamente bem seu espaço aéreo defensivo, com três gols sofridos em cada um dos dois recortes, mas o Grêmio só faz metade de seus gols pelo alto.

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 70.885 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.917 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

De cada cem finalizações da meia lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia lua tem cerca de 0,07 expectativa de gol (xG). Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de virar gol, que cresce se for um contra-ataque, por haver menos adversários para evitar a finalização. Cada pontuação é somada a longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Para os gráficos, cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

Favoritismos acertou 107 resultados em 235 partidas analisadas, aproveitamento de 46%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Saldanha, Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti.  (Globo Esporte)