Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #14 do Brasileirão. Compara o desempenho pós-parada como mandante ou visitante, na própria competição e também nos últimos seis jogos independentemente do mando e da competição, considerando as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 67.947 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.794 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual. Obrigado pela leitura. Bom jogo!

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

  • O Vasco é a segunda equipe que precisa de menos finalizações no campeonato para fazer um gol (7,35), e o Flamengo, a sétima (9,15). Mas o Flamengo é a sexta que mais finaliza (média de 14,1 por jogo) e faz isso com muito mais perigo, o Vasco, a segunda que menos conclui (9,6) e com baixo risco para o adversário.
  • Com toda a diferença econômica entre os clubes e mesmo nos últimos seis jogos oficiais, o Vasco sofre um gol a cada 10,3 finalizações sofridas, o Flamengo, a cada 10,5. O Vasco é o 11º colocado nesse ranking, e o Flamengo, o nono. Apenas três gols em 13 jogos separam ataques e defesas das duas equipes no Brasileirão.
  • De 2006 para cá, o Vasco só venceu duas de 11 partidas pela Série A quando teve o mando contra o Flamengo. Agora, o Vasco demitiu o técnico Ramon Menezes deixando o ambiente ainda mais instável. A equipe deve enfrentar seu maior rival com um técnico interino. Mas é futebol, qualquer coisa pode acontecer em campo.
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Favorito >> Empate

  • Duas defesas que permitem poucas finalizações aos adversários e de baixa qualidade, estão empatadas como as quartas melhores do Brasileirão, com média de um gol sofrido por partida. Curiosamente, também estão empatados com o quinto melhor ataque, com média 1,38 feito por jogo.
  • O São Paulo é o segundo time que mais finalizações faz na competição, média de 16,0 por jogo, e o Palmeiras é o quarto que mais finalizou, média 14,5. A eficiência é um problema comum a ambos: o Palmeiras precisa de 10,44 tentativas para fazer um gol; o São Paulo precisa de 11,56. Têm a 12ª e a 13ª eficiências ofensivas.
  • E esses ataques vão encontrar dificuldades. O São Paulo é a segunda equipe que menos finalizações permite aos adversários, média de 9,2 por jogo, e o Palmeiras é a quarta que menos sofre, média 10,0. O São Paulo ainda não venceu na Allianz Arena. Com o mando, o histórico é muito favorável a Palmeiras pela Série A.
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Favorito >> Empate

  • Nos últimos seis jogos em casa, todos pelo Brasileirão, o Coritiba conseguiu marcar três gols. Venceu dois, empatou um e perdeu três. Nos últimos seis fora na competição, o Fortaleza só não marcou em um; venceu um, empatou três e perdeu duas. Vem de uma vitória animadora, porém muito desgastante, contra o Atlético-MG.
  • É difícil fazer gol no Coritiba lá. Nesses seis jogos só levou quatro gols e um foi de pênalti. Porém, dos outros três, dois foram de bolas aéreas, que é como o Fortaleza marcou sete dos últimos dez gols e 13 dos últimos 20 (65%) sem contar pênaltis e faltas diretas. O Coritiba levou assim os três últimos gols que sofreu no geral.
  • Se sofre, também comemora: nove dos últimos dez gols do Coritiba foram conquistados a partir de bolas aéreas, e o Fortaleza sofreu dessa forma metade dos últimos dez gols que levou também sem contar pênaltis e faltas diretas.
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Favorito >> Atlético-MG

  • O líder Atlético-MG enfrentando o último colocado Goiás. Entre tudo o que isso significa, sem contar pênaltis e faltas diretas, o Goiás fez sete de seus últimos dez gols e 15 dos últimos 20 (75%) em bolas aéreas. O Atlético-MG só sofreu quatro dos últimos dez dessa forma.
  • O Atlético-MG é a equipe que mais finaliza no Brasileirão (média de 16,8 por partida), e o Goiás a quarta que menos faz isso (10,6). Mas a defesa mineira precisa ficar atenta: o Goiás é a equipe que precisa de menos finalizações para fazer um gol (6,88) enquanto o Atlético-MG é a quinta (8,42). A diferença está no volume.
  • Mas é o que dá para falar de bom do Goiás. O time é o terceiro que mais sofre finalizações (14,5 por partida) e aquele contra os qual os adversários precisam de menos finalizações para marcar (7,3). É um jogo com grande potencial para goleada se o Atlético-MG forçar após perder fora de casa para o Fortaleza.
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Favorito >> Fluminense

  • Uma combinação perversa (para o Bahia): o Fluminense é a terceira equipe que precisa de menos finalizações para conseguir um gol (7,38) enquanto o Bahia é a terceira equipe contra a qual os adversários precisam de menos finalizações para marcar (8,5) no agregado dos mandos.
  • Quando atua fora de casa, o Bahia varia pouco no quanto suporta a pressão. Leva um gol a cada 8,2 finalizações que sofre. Só que a eficiência ofensiva do Fluminense cresce em sua casa: consegue um gol a cada 6,31 finalizações. É a segunda melhor marca entre os mandantes.
  • A esperança para a torcida do Bahia está no fato de, após sete jogos como visitante sem vitória, a equipe ter derrotado o Botafogo por 2 a 1 no último jogo que fez fora de casa. No Rio, onde enfrenta no domingo o Botafogo.
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Favorito >> Empate

  • O Santos que se cuide! O Grêmio vem de um padrão de vitória e empate, vitória e derrota, vitória e derrota nos últimos seis jogos como visitante. Se mantiver, é vez de vitória. Já o Santos, há 11 jogos sem perder, venceu uma e empatou quatro (inclusive as últimas três) em casa.
  • O Grêmio é o terceiro que mais finaliza (14,6 por partida), mas com o segundo pior aproveitamento (14,6 tentativas para marcar). Um gol por jogo. Sua defesa é a terceira que menos permite finalizações (9,6) e a décima em eficiência (adversários precisam de 10,4 tentativas). Quando é visitante, como agora, precisam de 12.
  • O Santos, no entanto, é o quinto mandante que precisa de menos tentativas para fazer um gol (7,7) e o décimo que mais faz finalizações (13,1). O Santos fez seis do últimos dez gols (sem contar pênaltis e faltas diretas) em bolas aéreas, e o Grêmio levou assim sete dos últimos dez.
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Favorito >> Sport

  • Qual tendência é maior: a de gols aéreo ou a de gol de pênalti para o Sport? A equipe pernambucana fez pelo alto nove dos últimos dez gols, e o Botafogo levou seis dos últimos dez assim sem contar pênaltis e faltas diretas.
  • E por falar em pênalti, o Botafogo é o terceiro que mais os cometeu no Brasileirão. Foram quatro. Só Coritiba e Vasco fizeram mais (cinco). E o Sport é o ataque que mais teve a fovor: seis. Dos últimos nove gols marcados pelo Sport, foram cinco de pênalti (56%).
  • Um dos problemas do Botafogo é ser entre as equipes que mais sofrem finalizações, a que os adversários fazem isso com mais perigo segundo a estatística de xG. O time levou 16 gols, mas sofreu finalizações suficientes para que fossem 21. Porém, Diego Cavalieri vem de defender pênalti contra o Palmeiras. Vai ter dobradinha?
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Empate

  • As duas equipes sofrem muitos gols aéreos, o Atlético-GO seis dos últimos dez; o Bragantino, sete dos últimos dez sem contar pênaltis e faltas diretas. Mas ambas fazem poucos gols assim: o Atlético-GO quatro de dez e o Bragantino apenas dois dos últimos. Mas de defendem tão mal que é capaz de sair gol assim.
  • Se o Bragantino vencer, empurra o Atlético-GO para a zona do rebaixamento por ter mais gols marcados. Ainda que seja o sexto visitante que mais conclui em gol (média 12,9), é o segundo que precisa de mais finalizações para fazer um gol (15). Só que o Atlético-GO leva em casa um gol a cada 7,9 finalizações, terceira pior marca mandante.
  • O Atlético-GO tem o segundo pior aproveitamento mandante no Brasileirão, 33%: uma vitória, três emaptes e duas derrotas. O Bragantino tem o segundo pior aproveitamento visitante, 19%: quatro empates e três derrotas. Ainda não venceu.
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Favorito >> Internacional

  • No arredondamento, o Internacional voltou a ter a melhor defesa da temporada 2020, empatado com o Palmeiras. O time paulista levou em média 0,647 gol por jogo (22 em 34 jogos), e o gaúcho, 0,649 gol por partida (24 em 37 jogos). É um ótimo começo para uma excelente campanha.
  • De 2006 em diante, o visitante Athletico-PR não venceu o Internacional pela Série A do Brasileirão: foram nove vitórias do Inter e três empates. Agora, o time gaúcho é o que menos sofre finalizações e essas finalizações são a de menor risco da competição. O time paranaense finaliza relativamente pouco e com pouco perigo.
  • A forma menos difícil de se fazer um gol no Internacional é pelo alto. Sem contar pênaltis e faltas diretas, no ano todo levou 19 gols e 14 nasceram em jogadas aéreas. O Athletico-PR fez cinco de seus últimos dez gols assim. Se fico curioso, o Inter levou um gol de falta e quatro em pênaltis (um dos não aéreos foi em uma rebatida de falta direta).
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Favorito >> Ceará

  • Dois times que levam muito gol de bola aérea: o Ceará sete dos últimos dez, e o Corinthians oito dos últimos dez. Mas no ataque o Corinthians é mais eficaz: marcou cinco dos últimos dez enquanto o Ceará fez três. Tudo sem contar pênaltis e faltas diretas.
  • Aliado a isso o fato de o Corinthians ser um visitante incômodo quando recebido pelo Ceará. Em quatro jogos pela Série A de 2006 para cá, o time paulista venceu dois e só perdeu um.
  • A favor do Ceará agora o fato de ser o oitavo mandante que mais finaliza (13,7) no Brasileirão, mas o quinto que precisa de mais finalizações para marcar (12). O Corinthians é o segundo visitante que menos finaliza (8,7). É o oitavo que precisa de menos finalizações para marcar (10,2), mas isso significa menos de um gol por jogo fora de casa (0,86).

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados aplicada a 67.947 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.794 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos – no caso, os gols de cada equipe – acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

Favoritismos acertou 58 resultados em 130 partidas analisadas, aproveitamento de 45%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti  (Globo Esporte)