O Vasco se mostrou um time extremamente frágil individualmente e coletivamente desde o começo da Série B. O tempo passou e, apesar da mudança do treinador, a direção, a nova comissão técnica e os jogadores não encontraram soluções.

A derrota para o Avaí, na noite de segunda-feira, a nona em 23 rodadas, teve três gols doados ao adversário e deixou o acesso à Série A ainda mais distante – o clube de São Januário é o nono, seis pontos atrás do G-4, faltando 15 rodadas. A equipe, mais uma vez, foi uma triste repetição de velhos e insistentes erros:

  • Foi apática e sem vibração.
  • Foi facilmente envolvida pelo adversário.
  • Não teve força para reagir.
  • Não teve qualidade para atacar.

Por conta de um problema na internet da Ressacada, a coletiva do Lisca foi encerrada logo no começo e, portanto, não foi possível ouvir as explicações do treinador. Houve tempo suficiente para se perceber que a estratégia dele não deu certo. Ao escalar Romulo, deixou o meio engessado. Perdeu em intensidade, algo que Caio Lopes pode oferecer. A insistência em Marquinhos Gabriel não se justificou pois o meia-atacante pouco marca e pouco contribui ofensivamente.

O Avaí, melhor organizado, soube pressionar a saída de bola do Vasco, o que forçou a ligação direta. Morato, outra novidade de Lisca, deu boa contribuição: foi o único lúcido no primeiro tempo a tentar trabalhar a bola. Só que os erros, que antes da partida já haviam custado 13 pontos na competição, voltaram. Em dose tripla.

O primeiro gol do Avaí: Marquinhos Gabriel foi facilmente desarmado por Edilson no campo ofensivo. Copete foi lançado e driblou Zeca sem qualquer dificuldade. A dupla de zagueiros estava mal posicionada, e Vanderlei saiu no desespero. Getulio marcou.

O segundo gol do Avaí: Miranda deixa o atacante antecipar e comete falta. Quase na lateral da área. Vanderlei erra na formação da barreira: coloca seis homens (Morato ficou deitado), o que deixou cinco atacantes do Avaí contra quatro defensores do Vasco dentro da área. Gol de Bruno Silva.

O terceiro gol do Avaí: verdade que Galarza levou azar ao tentar cortar e fazer a bola sobrar a Copete. O atacante ganhou na corrida, o capitão Leandro Castan, ao abdicar da jogada, parou de correr. Jonathan marcou no rebote.

O Vasco chegou a empatar em 1 a 1, período no qual teve leve superioridade na partida. Cano, sem marcar há 10 rodadas, teve ótima visão e serviu Morato. Apesar de uma injustificável demora, dada a clara posição legal do argentino, o VAR confirmou o gol. Tecnologia que, caso não houvesse na competição, como pediu o clube, não poderia corrigir a errônea sinalização do auxiliar que indicou impedimento.

De resto, o Vasco teve uma posse de bola inútil. E não fez nada para merecer melhor sorte. Como disse Lisca, há muito o que melhorar. No trabalho do treinador. No desempenho dos jogadores. (Globo Esporte)