Várzea Grande já definiu onde vai investir os recursos do programa BID Pantanal. A informação foi repassada pelo secretário de meio ambiente da cidade, Jean Lucas Teixeira de Carvalho, durante audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta segunda-feira (16).
ean Lucas disse que o município já apresentou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), gestor do programa, às áreas onde há carência de investimentos, com foco na agricultura familiar, como sugere o BID Pantanal.
Para o desenvolvimento da cadeia leiteira, o município apresentou projeto da ordem de R$ 15,7 milhões para estimular e melhorar a produção.
Já para a construir a Casa do Mel, com vistas a estimular a produção e venda de produtos da apicultura, serão destinados R$ 1 mi.
O município também indicou investimentos de R$ 7 milhões para irrigação da agricultura familiar e vai usar R$ 10 milhões para a construção de pequenas barragens para retenção de água.
Para a piscicultura (reforma e construção de novos tanques), estão destinados R$ 10 milhões.
A cadeia de frutas, legumes e verduras deve receber R$ 1 mi; mesmo valor destinado à avicultura, com foco na produção de frangos caipiras e ovos.
A prefeitura também quer investir R$ 5,8 mi em turismo rural, com foco nas comunidades de Bonsucesso e Praia Grande.
O maior investimento será na construção de uma usina de compostagem para produção e adubo orgânico voltado à agricultura familiar, aproveitando o lodo que resulta das estações de tratamento de água: R$ 22 milhões.
A audiência aconteceu na Câmara Municipal de Várzea Grande. Foi presidida pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD), e contou com a participação dos deputados Júlio Campos (União Brasil) e Fabio Tardin (PSB), além de vereadores, pesquisadores e da população da cidade.
Wilson explicou que o BID Pantanal é um programa do Governo Federal em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), executado pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Vai beneficiar 12 municípios mato-grossenses que têm ligação direta com o pantanal: Cuiabá, Cáceres, Livramento, Chapada dos Guimarães, Jangada, Barão de Melgaço, Várzea Grande, Acorizal, Santo Antônio, Rosário Oeste, Nobres e Poconé. O investimento total em Mato Grosso é de U$ 1 bilhão. O programa terá assistência técnica da Empaer.
O objetivo é fomentar Arranjos Produtivos Locais (APLs), com foco na agricultura familiar e na sustentabilidade. Mas também, levar avanços na área de desenvolvimento social, educação, infraestrutura e meio ambiente.”
“O programa também está focado na área de recursos hídricos e na produção sustentável. Sabemos que a escassez de água prejudica o trabalho e impede o escalonamento da produção, o que interfere diretamente na comercialização dos produtos da agricultura familiar. Sabemos ainda, que é preciso investir em saneamento básico para evitar a contaminação do lençol freático e das águas superficiais; o que prejudica diretamente a saúde humana e a produção. Além disso, temos que investir em infraestrutura para possibilitar o escoamento da produção”, completou.
Robson Fraga