Apesar da expansão urbana registrada nos últimos anos, Várzea Grande ainda enfrenta desafios com os problemas de saneamento básico. Dados do Instituto Trata Brasil apontam que 69,9% da população do município não possui acesso a esgoto, o que corresponde a cerca de 200 mil pessoas. Outras 6,9 mil (2,4%) não tem acesso a água.
Das 20 piores cidades no ranking do saneamento do Brasil, Várzea Grande está em 10° lugar na colocação de 2021.
De acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), Várzea Grande tem o pior investimento da arrecadação no saneamento. Nos últimos 5 anos, é o único município brasileiro que não investiu na arrecadação.
O município coleta 9.460,00 por cada mil metros quadrados de esgoto. Desses, apenas 6.046,70 são tratados.
História da cidade
Pela proximidade com a capital, Várzea Grande possui cultura e costumes semelhantes e também nasceu da exploração do ouro, no século XVII.
A área onde atualmente é a ‘Cidade Industrial’, foi doada aos índios Guanás em 1832, por ato do Governo imperial, segundo consta no livro ‘Várzea Grande: História e Tradição’, do historiador e professor José Wilson Tavares.
Com o fim dos conflitos da Guerra do Paraguai, que durou seis anos – entre dezembro de 1864 e 1870 -, pessoas de várias partes, especialmente de Nossa Senhora do Livramento fixaram residência no pequeno povoado em ascensão. Surgiram então os primeiros comerciantes, aumentando o pequeno núcleo populacional.
Marcando a sua estratégia de posição de passagem e caminho que leva ao interior da província, em 1874, inaugura-se a primeira balsa, e iniciando à travessia entre Cuiabá e Várzea Grande, o que permitiu transportes de volumes e mercadorias daquele entreposto comercial para a capital.
A vocação industrial ganhou notável impulso. Inúmeras doações de áreas, incentivos fiscais de toda natureza, infraestrutura adequada permitiram a atração de grandes grupos financeiros.
Disseminou-se a industrialização, a Alameda Júlio Müller, antigo caminho de pescadores, ganhou ares de distrito industrial, instalou-se ali a empresa Sadia Oeste, grande geradora de divisas e empregos.
Nas proximidades cresceu o grande bairro Cristo Rei, o maior de Várzea Grande e celeiro da mão-de-obra local. A explosão da industrialização, ocorrida em quase todos os quadrantes do município estimulou o comércio, que ferve em toda a extensão da Avenida Couto Magalhães.