Várzea Grande aplicou mais de 13 mil doses de vacinas em fevereiro deste ano, sendo que deste total mais de 2 mil são da Tríplice Viral que imuniza para o sarampo. Somente entre os dias 17 a 21 de fevereiro, após o Dia ‘D’ não realizado em Várzea Grande foram mais de 7 mil vacinas, sendo 1.508 da tríplice viral, segundo relatório emitido pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde da segunda maior cidade de Mato Grosso.

Os números demonstram a eficiência do planejamento executado pela Secretaria Municipal de Saúde que preferiu descartar a realização do Dia D ocorrido no sábado, 15 de fevereiro.

“Nos dois dias D realizados no ano passado, os resultados comprovaram que o mesmo era ineficiente, ou seja, as metas estabelecidas não eram cumpridas”, disse o secretário Diógenes Marcondes apontando que mesmo assim, se necessário para atender a demanda, pode ser que Várzea Grande realize o Dia D no final do mês de março, pois a campanha no município vai além da data estabelecida pelo Ministério da Saúde que é 13 de março.

O titular da pasta da Saúde apontou que o planejamento que esta em execução prevê outras firmes atuações como horário estendido nas unidades de saúde, oferta de vacinas através de unidades móveis nos bairros aonde não existem unidades de saúde indo diretamente nas casas ou em locais previamente definidos e o alinhamento com as Secretarias Municipais de Educação e de Promoção Social, a primeira para a exigência dos pais de alunos apresentarem o cartão de vacinação completo e atualizado e a segunda com as milhares de pessoas que constantemente participam de projetos sociais e que deverão apresentar também o cartão de vacinação.

Diógenes Marcondes frisou ainda a existir divergência entre os números apresentados pelo Ministério da Saúde e os apresentados por Várzea Grande. “Temos certeza de que não foram contabilizadas todas as vacinas aplicadas, pois os relatórios não batem. Mesmo assim encontramos dificuldades em conscientizar as pessoas da importância da vacinação, pois muitos desconsideram a importância dela na imunização, na prevenção das doenças, o que acaba por potencializar doenças como o sarampo que levou um paciente ao óbito no Estado do Rio de Janeiro neste ano”, disse o titular da Saúde em Várzea Grande.

Diógenes Marcondes apontou ainda que em 2019 foram realizados em Várzea Grande dois Dias D, um em 23 de novembro em 19 unidades de saúde que movimentaram 80 servidores municipais, 50 veículos e custos adicionais e que aplicou apenas 1.231 vacinas, sendo 419 de sarampo.

“Como este dia D se demonstrou ineficaz, no dia 30 de novembro, realizamos novo Dia D, desta vez nas 19 unidades e obtivemos um índice de vacinação de 3.079 doses aplicadas sendo 1.174 de sarampo. Como muitos destes casos são mais de uma vacina por pessoa, seja ela criança, jovem ou adulto, se percebe que movimentar toda uma estrutura não se demonstrou eficiente”, disparou Diógenes Marcondes.

“Do dia 17 ao dia 20 de fevereiro de 2020 fizemos um total 7.275 doses aplicadas, sendo 1.508 de doses de sarampo ou tríplice viral, funcionando apenas em horário normal, o que comprova maior eficiência, menos custo e racionalizando a utilização das estruturas públicas de saúde para outros atendimentos”, explicou o titular da pasta em Várzea Grande.

Diógenes Marcondes voltou a reafirmar que se necessário e as metas não forem atingidas, pode levar Várzea Grande a realizar o Dia D no final de março e uma nova rodada nos meses finais de 2020. “Se necessário podemos até realizar o Dia D, mas ainda preferimos intensificar as ações de ir ao encontro da população e cobrar cartões de vacinação de alunos e pais de alunos que somam mais de 150 mil pessoas, fora aqueles que participam de projetos sociais para atingirmos as metas estabelecidas para vacinação”, explica.

Ele ponderou ainda que mantém contato direto com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso, na pessoa do secretário Gilberto Gomes e também com o Ministério da Saúde para que o abastecimento regular de vacina seja mantido. “Hoje temos disponibilidade que atende as nossas demandas, mas no ano passado tivemos falta de vacinas, e como essa é uma competência do Governo Federal que repassa aos Estados e estes aos Municípios estamos sempre em contato direto para que a oferta de vacinas seja constante”, explicou o titular da Saúde em Várzea Grande.

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