Jogando mais uma edição do chamado Clássico do Rio da Prata nessa segunda-feira (18), Uruguai e Argentina ficaram empatados em 2 a 2 no confronto que foi disputado bem longe da América do Sul. Mais precisamente no Bloomfield Stadium em Tel-Aviv, Israel.
No início do confronto era notório que as linhas de marcação da Albiceleste atuavam de maneira bem avançada, apertando ao máximo a saída de bola dos uruguaios e invariavelmente forçando o recurso do “chutão” que facilitava o trabalho de recuperação de posse dos argentinos.
Com isso, a equipe de Lionel Scaloni constantemente aparecia mais próxima ao gol de Martín Campaña do que a meta defendida por Esteban Andrada. Sendo que o último, na verdade, passou os primeiros 20 minutos de partida sendo exigido apenas uma vez quando Matías Vecino bateu de fora da área após passe de Brian Lozano.
Nesse ritmo, faltava apenas que a Argentina conseguisse transformar esse volume em chances mais claras de marcar já que, mesmo com o panorama em questão, as finalizações eram seguidamente interceptadas e não faziam Campaña ser efetivamente testado no jogo.
Conforme o tempo foi passando, os uruguaios conseguiram aos poucos equilibrar o duelo pelo menos no caráter da posse e também tentavam se organizar de forma a evitar uma “blitz” do adversário. E, ao contrário da Albiceleste, quando trabalhou bem e rapidamente a bola no ataque, conseguiu abrir a conta em Israel. Aos 33 minutos, Lucas Torreira encontrou um passe excelente por elevação acionando Luis Suárez que, rapidamente, levantou a cabeça e tocou de primeira para Edinson Cavani cutucar pras redes argentinas.
Voltando a apostar na sua consistência defensiva, o Uruguai começou a etapa complementar da mesma forma que a primeira: linhas mais baixas, porém compactas e que davam poucos espaços ao time argentino para se movimentar e conseguir os passes e ultrapassagens que fariam as chances claras de gol surgirem.
Com a saída de Cavani para a entrada de Diego Laxalt, a tática ficou ainda mais notória ao ponto que, centralizado e no meio da marcação, Suárez ficou “encaixotado” e foi vendo o selecionado argentino aumentando o ritmo. Nessa melhora, o tão procurado tento de igualdade aconteceu e veio na bola parada.
Aos 17, Messi bateu falta do lado esquerdo da grande área direto na cabeça de Aguero que testou se antecipando a saída de Campaña.
Se três minutos depois Messi chegou a chutar bola com muito perigo da meia-lua que passou ao lado esquerdo da meta uruguaia, a Celeste respondeu na mesma moeda em que sofreu a igualdade através de Luisito. Depois de sofrer falta na entrada da área por Leandro Paredes, o Pistolero esbanjou categoria e bateu falta onde Andrada chegou a tocar na bola, mas ela acabou entrando e recolocou o time do Maestro Tabárez em vantagem.
Depois disso, o confronto seguiu tendo a tônica onde a Argentina procurava os espaços e o Uruguai tentava fechá-los na base da movimentação coordenada na sua área defensiva. Tudo parecia caminhar para a vitória charrua quando, logo depois de Campaña fazer linda intervenção em cabeçada perigosa de Aguero, a arbitragem marcou pênalti de Martín Cáceres em cruzamento tentado por Nicolás Tagliafico. Na batida, Messi mostrou tranquilidade e praticamente só rolou a bola no canto esquerdo de Campaña quando o duelo já marcava 46 minutos. (Lance!)