O ser humano é um indivíduo insaciável, pois com a sua criatividade e uma mentalidade aberta, consegue desenvolver e promover inovações relevantes para a raça humana.
Os automóveis, no passado, tinham uma velocidade bem inferior a que temos atualmente. As bicicletas, com novas tecnologias, percorrem uma distância bem mais rápida e com o menor esforço possível. Os computadores do passado eram bem lentos, quase parando, porém hoje temos máquinas ágeis e que fazem multifunções. Já o telefone celular, tínhamos “um tijolão”, agora possuímos um supercomputador móvel com alta tecnologia que está disposta a nossas mãos.
A mente humana processa informações e dados a uma velocidade fantástica. A inovação e invenção são pertinentes para proporcionar melhoria de vida às pessoas.
Não há limites! Podemos mais e mais, se assim Deus permitir, se a nossa mentalidade desejar e fizermos o esforço necessário para tal.
Por outro lado, deve-se ter cautela e sapiência para administrar a velocidade que a tecnologia nos proporciona, não fazendo com que fiquemos aprisionados a ela.
As redes sociais são formas de interação entre os seres humanos, sem dúvida alguma, elas são fenomenais, ultrapassam as barreiras continentais propiciando comunicação e solução interligadas para o mundo afora. Vídeos e mais vídeos são depositados no YouTube e outras plataformas digitais de comunicação.
Em recente pesquisa divulgada pela revista “Veja”, do dia 19/05/2021, com o título da matéria “Pisando no acelerador”, são apresentadas novas tecnologias implementadas para assistir à videoaula (speed watching), com um aumento de velocidade do vídeo, como por exemplo, um acréscimo de 30% e 50% da velocidade normal.
A pandemia disseminou a criação de novas tecnologias, sobretudo para aqueles que estão trabalhando no sistema de “home office” ou assistindo aulas virtuais.
A nova visão das pessoas é aumentar a produtividade e ganhar tempo para trabalhar e estudar, ou quem sabe, ter mais tempo para família e lazer. Tempo é dinheiro, se bem administrado, você ficará rico nem que seja intelectualmente.
A ideia tem se mostrado profícua, por isso que o aplicativo do YouTube, Zoom e Google Meet, já implementaram a mesma tecnologia, podendo aumentar a velocidade em até duas vezes, isto é, ao invés de você gastar 60 minutos para assistir uma aula, se programado para visualizar o vídeo duas vezes mais rápido, você assistirá à aula em 30 minutos, com isso haverá mais tempo para fazer outras tarefas e atividades da sua vida.
O aumento de velocidade poderá prejudicar o aprendizado? Segundo as pesquisas trazidas pela revista, não, desde que a velocidade aumentada não ultrapasse a 33% da velocidade normal.
Qual seria a melhor estratégia para assistir um vídeo? Vamos dividir em três blocos:
1) Para introdução de novos conhecimentos e aprendizagem de assuntos complexos é preferível utilizar a velocidade normal do vídeo;
2) Se for para ganhar tempo e aprender algo com um nível considerado fácil e de média complexidade, é possível estender a velocidade para 33% do vídeo normal;
3) No caso de revisão de conhecimento já enraizado no cérebro, poderá aplicado a velocidade aumentada de 50% do vídeo normal.
As pessoas que lançam mão dessa estratégia aprenderão mais, pois haverá sobra de tempo, com isso, é possível estudar mais ou fazer reforço do conhecimento adquirido.
Vale destacar que o excesso de velocidade, ou seja, fora do padrão acima explicado, traduzirá em perda de aproveitamento intelectual. Em todo o modo, manter o foco anotando tudo o que assistir é fortificante para o aprendizado.
Essa situação do aumento de velocidade do vídeo, sem a perda de aprendizado, somente é possível graças à plasticidade do cérebro humano, que é a nossa habilidade de produzir novos conhecimentos, neurônios e adaptabilidade.
Podemos desenvolver a nossa vida em todos os momentos que desejarmos. A máquina cerebral do homem foi construída pelo Criador de forma perfeita, contundente e com muita velocidade.
A pesquisa foi realizada com 6.000 alunos da Universidade de Stanford, na Califórnia e, na Universidade de Waseda, no Japão, as quais foram utilizadas para base desse estudo, e em ambos os casos, chegou-se à mesma conclusão.
As novas tecnologias para uma mente mais veloz é relevante para os dias atuais, não obstante é necessário observar o seu comportamento mental e emocional, já que essa aceleração poderá gerar uma ansiedade maior do que a normal, a qual se está acostumada, uma pressão exacerbada e um senso de urgência para todas as demandas da vida, além do necessário.
Enfim, a nossa mente tem a capacidade da plasticidade cerebral para adaptar-se a novas tecnologias. Use-as com moderação, para que suas emoções sejam alinhadas aos seus propósitos mentais de vida e lembre-se: inovar nunca é demais!
(*) FRANCISNEY LIBERATO é Auditor Público Externo do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Escritor, Palestrante, Professor, Coach e Mentor. Mestre em Educação pela University of Florida. Doutor em Filosofia Universal Ph.I. Honoris Causa. Bacharel em Administração, Bacharel em Ciências Contábeis (CRC-MT) e Bacharel em Direito (OAB-MT). Autor dos Livros: “Mude sua vida em 50 dias”, “Como falar em público com eficiência”, “A arte de ser feliz”, “Singularidade”, “Autocontrole”, “Fenomenal”, “Reinvente sua vida” e “Como passar em concursos – Vol. 1 e 2” e “Como falar em público com excelência”.