Já faz um ano que Rogério Ceni foi demitido do Cruzeiro, mas a passagem curta e polêmica pela Toca da Raposa ainda rende. Em entrevista ao canal ESPN, em programa que será veiculado na noite deste sábado, segundo o portal Uol, o atual treinador do Fortaleza diz que até hoje não recebeu “um centavo por um dia trabalho”.

“Eu paguei para trabalhar no Cruzeiro, é bom esclarecer isso. Eu gastei muito dinheiro para ir para Minas e nunca recebi um centavo por um dia de trabalho até hoje.”

De acordo com Rogério Ceni, além de não receber pelo tempo trabalhado – pouco mais de um mês –, ainda teve prejuízo financeiro na passagem por Belo Horizonte, já que precisou, por exemplo, pagar a rescisão do contrato de aluguel do imóvel em que morava na capital mineira.

O ex-goleiro disse que nunca recebeu uma ligação sequer partindo do clube para tentar negociar o débito. Episódio que ele trata como “triste”, pela grandeza do Cruzeiro, que foi inclusive citada, à época da chegada a BH, como um dos motivos para ter deixado o Fortaleza.

“Nunca entrei na Justiça contra ninguém, não gosto disso, mas isso é muito triste, não receber uma ligação sequer. Absolutamente nada.”

– Eu fico triste porque é um grande clube, mas eu gastei dinheiro. Paguei rescisão contratual de onde eu morava, rescisão contratual de onde eu aluguei imóvel, mais transferência, carro.

As dívidas com comissões técnicas demitidas se tornaram rotina no Cruzeiro. Contando Ceni, foram cinco os treinadores que deixaram o clube no período de um ano. Mano Menezes, Abel Braga, Adilson Batista e Enderson Moreira completam a lista.

A única comissão que não teve nenhum integrante movendo processo trabalhista contra o Cruzeiro foi a de Enderson Moreira, que saiu do clube há menos de duas semanas. Somadas, as rescisões dessas comissões técnicas superam os R$ 9 milhões. (Globo Esporte)