A Uefa anunciou nesta sexta-feira que oito sedes da Eurocopa terão a presença de público nas arquibancadas. Em comunicado, a confederação europeia assegurou a realização de partidas em oito dos 12 palcos originais do torneio, que seria realizado em 2020 e passou para junho e julho deste ano por conta da pandemia da Covid-19. Munique e Dublin seguem com participação em aberto. Roma e Bilbao haviam confirmado a intenção de ter torcedores nos estádios, mas ainda não deram detalhes sobre capacidade e protocolos.

Desta forma, já estão confirmadas na Euro as sedes de Amsterdã (Holanda), Baku (Azerbaijão), Bucareste (Romênia), Budapeste (Hungria), Copenhague (Dinamarca), Glasgow (Escócia), São Petersburgo (Rússia), além de Londres (Inglaterra), palco da grande final. Cada país definiu a capacidade de público que os estádios poderão receber de acordo com sua realidade sanitária e projeção com relação à pandemia.

Veja as normas para cada sede:

  • Amsterdã (Holanda): capacidade de 25% a 33%, com possibilidade de aumento
  • Baku (Azerbaijão): capacidade de 50%
  • Bucareste (Romênia): capacidade de 25% a 33%, com possibilidade de aumento
  • Budapeste (Hungria): capacidade de até 100%
  • Copenhague (Dinamarca): capacidade de 25% a 33%, com possibilidade de aumento
  • Glasgow (Escócia): capacidade de 25% a 33%
  • Londres (Inglaterra): capacidade de 25%, com possibilidade de aumento
  • São Petersburgo (Rússia): capacidade de 50%, com possibilidade de aumento

A Uefa ainda confirmou prazo final para a decisão sobre as quatro sedes restantes: 19 de abril. Até lá, a entidade seguirá em contato com dirigentes das federações de Alemanha, Espanha e Irlanda, além dos governos locais, para confirmar ou não a realização de jogos nestes países. Os organizadores locais devem “fornecer informações adicionais sobre os seus planos” para que a Uefa decida sobre a realização de jogos em Munique, Bilbao e Dublin. A confederação não deixou claro se há a exigência de presença de público para a manutenção das sedes no torneio – Roma já havia confirmado que os torcedores poderão estar nos estádios.

A nota da Uefa diz que a decisões de contar com público nos estádios teve como base a projeção de melhoria na situação sanitária de cada país, com a diminuição de casos e aceleração na vacinação. E agradeceu o auxílio de federações e governo na busca por soluções.

– Vários países anfitriões já haviam incorporado a Euro 2020 na implementação de sua estratégia de recuperação nacional. Além disso, no planejamento da fase final da Euro, a Uefa trabalhou em estreita colaboração com a Organização Mundial de Saúde para adaptar a ferramenta de avaliação de risco Covid-19 da OMS para a Euro 2020 – garante o comunicado.

Londres pretende aumentar capacidade para decisões

O comunicado detalha as determinações de cada sede sobre a presença de público. Palco da grande decisão, Londres garantiu 25% das arquibancadas do Wembley com público para as três partidas da fase de grupos e as oitavas de final que ocorrerão no estádio. Há, porém, a intenção de um aumento na capacidade para as semifinais e a final, em julho.

Amsterdã, Bucareste e Copenhague asseguraram uma capacidade de 25% a 33% nos estádios, podendo permitir um aumento nesta porcentagem diante do desenvolvimento de um programa de testagem em massa. Glasgow confirmou a mesma capacidade de público.

São Petersburgo decidiu permitir até 50% dos assentos ocupado, mas pretende aumentar este número até o fim de abril, dependendo da evolução do quadro de saúde. Baku optou pela mesma capacidade nos estádios, mas exigindo que todos os torcedores que viagem para Euro apresentem um teste negativo para a Covid-19 na entrada no Azerbaijão.

Budapeste, por sua vez, tem o plano mais ousado sobre a ocupação de estádio, indicando que permitirá 100% dos assentos ocupados, desde que os protocolos obrigatórios sejam cumpridos.

Puskas Arena pode ter até 100% dos assentos ocupados na Euro 2020  — Foto: REUTERS/Bernadett Szabo

Puskas Arena pode ter até 100% dos assentos ocupados na Euro 2020 — Foto: REUTERS/Bernadett Szabo

A Uefa deixa claro em seu comunicado que todos os torcedores que desejem viajar para acompanhar os jogos em outros países deverão estar atentos às restrições de cada local, que costumam ser atualizadas regularmente – incluindo a possibilidade de quarentena. A confederação frisa que “nenhuma isenção será concedida para portadores de ingressos em nove países anfitriões”, mas que Azerbaijão, Hungria e Rússia estudam exigências maleáveis para torcedores que viajem para a Eurocopa.

A entidade detalha em seu site as exigências de cada país e diz que enviará um e-mail detalhando os requisitos. Os torcedores que desejarem devolver os ingressos comprados antes da pandemia poderão fazê-lo até o dia 22 de abril. Após a fase de cancelamento de compra, a Uefa decidirá como fazer com os bilhetes que estiverem excedentes, acima da capacidade dos estádios. (Globo Esporte)