O Câncer de mama é uma enfermidade que acomete cães e gatos, com maior frequência em cadelas e em menor número, felinos.
Uma vez diagnosticado o câncer mamário, se faz necessário a realização de uma bateria de exames, entre eles os exames usuais e mais especificamente: RX, tomografia compuadtorizada e/ou ultrassonografia para verificar se há presença de metástase. Além do que, a avaliação do exame citológico e biópsia de região acometida são imprescindíveis para a conduta terapêutica mais adequada.
Nos Estados Unidos a realização da castração em fêmeas com menos de um ano de idade, logo após a última dose de vacina, é fato corriqueiro. Tal medida visa o controle populacional, controle de doenças geneticamente transmissíveis e, como consequência reduz a probabilidade do animal ser acometido por um câncer de mama, hormônio sexual dependente. No entanto, algumas pesquisas sugerem que a castração antes de um ano de vida, possa vir a comprometer eventualmente, seu crescimento e metabolismo corpóreo, devido a ausência de estrógeno.
Ainda assim, a castração de cães e gatos consiste na medida preventiva mais eficiente em relação a diversos tumores. Vale lembrar que, semelhante à espécie humana, o exame periódico é fundamental. Portanto, se você verificar que seu animal apresente nódulos nas mamas (ou em qualquer outra região do corpo!), ele deve ser levado imediatamente ao médico veterinário de sua confiança, para efetuar um check up. Caso haja a confirmação de que esse nódulo seja uma formação tumoral, indica-se a remoção total de todas as mamas, bem como a castração. Posteriormente, conforme o resultado da biópsia, o médico veterinário adotará a próxima conduta a ser feita. Lembrando que hoje em dia, a depender do diagnóstico, há possibilidade de quimioterapia em determinadas situações.
Com a evolução da tecnologia, a medicina veterinária também evoluiu muito e, cabe salientar que já existem biomarcadores que conseguem determinar se o animal tem predisposição para o tumor de mama. Temos como exemplo na medicina humana: o caso da atriz norte americana Angelina Jolie, que recentemente descobriu ser portadora do gene BRCA1 (maior probabilidade de desenvolver o câncer mamário), o que a fez optar pela remoção de ambos os seios e ovários, como medida preventiva.
Então ao se deparar em casos suspeitos de tumor de mama, sejam eles na espécie humana, canina ou felina, não hesite em procurar auxílio médico. A descoberta precoce desse mal silencioso, faz toda a diferença no tratamento!
*MARCOS MARINI MELO é médico veterinário CRMV 3167, Mestre em Ciências Veterinárias, doutorando em ciências veterinárias UFMT , já foi professor substituto do curso de medicina veterinária da UFMT é Chefe do setor de ortopedia da Clinica Veterinária Clin Dog.