Após mais de seis anos da tragédia da Chapecoense, que matou 71 pessoas, é marcada a audiência para responsabilizar a resseguradora Tokio Marine Kiln ao pagamento da idenização estipulada em US$ 844 milhões (R$ 4,2 bilhões).

Como a Tokio Marine é a cabeça da apólice de resseguro do voo da LaMia, companhia aérea boliviana, as famílias das vítimas reivindicam que a resseguradora pague a indenização pelo acidente.

Como a LaMia negociou a compra do combustível e o seguro do voo em Miami, o processo foi aberto na justiça da cidade americana. E a ação já havia sido homologada entre LaMia e os familiares, onde gerou a sentença de R$ 4,2 bilhões.

Entretanto, as resseguradoras da companhia aérea, onde a Tokio Marine é a cabeça, levaram uma ação à Justiça de Londres para suspender a homologação de Miami. As empresas escolheram a capital da Inglaterra porque entendiam que o foro competente seria o da cidade onde o contrato de resseguro foi assinado, assim como a cidade onde todas as resseguradoras tem sede.

No entanto, o juiz da audiência entendeu que a justiça americana é competente para julgar o caso e derrubou a liminar que visava suspender o processo. Com isso, a ação retomou a Miami e, o tribunal de justiça da cidade americana, marcou a audiência para 20 de abril.

O acidente

Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chapecoense para a partida de ida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu nas proximidades de Medellín. A aeronave transportava jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas.

Em 2018, a Aeronáutica Civil da Colômbia concluiu a investigação e confirmou que o combustível do avião era insuficiente para o voo entre Santa Cruz, na Bolívia, e a Colômbia. O acidente ocorreu por esgotamento de combustível como consequência da falta de gestão de risco apropriada pela LaMia. Sem o combustível, os motores pararam de funcionar, e o avião planou até cair. (GE)