O principal alvo da Operação Doce amargo, desencadeada pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (24), é empresário  Luiz Fernando Kormann Júnior, 32 anos. Ele é dono da Academia Kormann Fitness, localizada no bairro Parque Cuiabá, na Capital.

Luiz Fernando é apontado como um dos grandes traficantes de drogas sintéticas em Cuiabá, que abastecem as baladas.

No Instagram o traficante tem mais de 14 mil seguidores e exibe o corpo como garoto propaganda de sua academia.

Durante as diligências na casa de Luiz Fernando, os policiais apreenderam cerca de 10 ampolas com THC, o princípio ativo da maconha, que seriam usados em cigarros eletrônicos.

Cada frasco custa aproximadamente U$ 120, cerca de 572 reais. Ainda no imóvel de Luiz Fernando, os agentes também apreenderam diversos comprimidos de ecstasy, cocaína e anabolizantes.

No total foram cumpridos na operação nove mandados de busca e apreensão domiciliar e oito de prisão temporária, expedidos pela 9ª Vara Criminal da Capital. Todas as ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá.

De acordo com as investigações da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), os alvos da operação atuavam na venda de drogas como ecstasy, MDMA, LSD, conhecidos popularmente como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como “loló”, lança-perfume ou clorofórmio.

As investigações que culminaram na operação iniciaram em dezembro de 2021, com informações de traficância que levaram a DRE a prender um dos investigados em flagrante, na posse de cocaína, arma de fogo, munições, bloqueadores de sinais e outros materiais.

Com a prisão dele, as investigações se aprofundaram e um novo inquérito policial foi instaurado para apurar crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Nas diligências e análises realizadas pela equipe de policiais da DRE, foi possível identificar, até então, mais sete possíveis traficantes relacionados a drogas sintéticas, todos com algum vínculo com o primeiro investigado.

Ainda durante as investigações, foram tratativas que os investigados mantinham, negociando compra e venda de drogas sintéticas. Os investigados foram acompanhados, sendo realizadas análises de suas interações sociais, culminando com a confecção de relatório policial que subsidiou a representação pelas ordens judiciais.

Os alvos presos temporariamente na operação serão interrogados nos autos do inquérito policial, e também será analisado todo o material apreendido durante o cumprimento dos mandados.