Após mais um tropeço na Série B – quatro partidas sem vitória na competição e mais uma na Copa do Brasil – a delegação do Cruzeiro foi recebida sob protestos no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, no início da noite desta quinta-feira. Cerca de 25 pessoas estiveram no local, pedindo a saída do técnico Enderson Moreira e também criticando alguns atletas, como os volantes Henrique e Ariel Cabral e o meia Maurício.

Enderson está garantido no cargo pelo presidente do clube, pelo menos até a partida contra o CRB, na próxima segunda-feira, às 20h (de Brasília), no Mineirão, pela oitava rodada do campeonato.

Nessa quarta-feira, o Cruzeiro perdeu por 1 a 0 para o Brasil de Pelotas, no interior gaúcho, e completou o quinto jogo seguido sem vitórias (dois empates e duas derrotas na Série B, e um empate na Copa do Brasil, que custou a desclassificação da equipe).
Além do pedido da saída de Enderson Moreira, a torcida também hostilizou os jogadores do time, chamando-os de “pipoqueiros” e pedindo raça. Não houve contato direto com os atletas, que, logo após o desembarque, entraram no ônibus do clube e seguiram para a Toca da Raposa.

Duas viaturas da Polícia Militar realizaram a escolta da delegação cruzeirense na saída do aeroporto. Enderson Moreira e os jogadores sofrem muita pressão, interna e externa, por bons resultados. Dependendo dos resultados do fim de semana, o Cruzeiro pode chegar ao jogo contra o CRB já na zona do rebaixamento.

O Cruzeiro iniciou a Série B com seis pontos negativos, por causa de punição imposta pela Fifa em decorrência de dívidas com clube do exterior. O time mineiro venceu os três primeiros jogos, chegando a uma pontuação positiva de três. Entretanto, não venceu os quatro jogos seguintes e voltou a figurar entre os últimos colocados. (Globo Esporte)