O boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, informa que 339 casos de dengue foram confirmados em Cuiabá até a 16° semana de 2022. Uma queda de 1,74% em relação ao ano anterior, que no mesmo período registrou 345 casos. A queda, quase que insignificante, ainda deixa a capital em alerta, uma vez que todos os bairros estão classificados com Alto Risco de transmissão da doença.

As regiões em classificação de “Alto Risco” para dengue se configuram com incidência maior ou igual a 300 casos por 100 mil habitantes. Além disso, por se tratar de uma doença de notificação compulsória, todos os casos suspeitos de dengue deverão ser notificados e investigados.

Conforme o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), até o dia 9 de abril, 95.358 casas residenciais foram visitadas pelos agentes de saúde. Destes, 10.134 receberam o tratamento qualificado para a prevenção do mosquito Aedes aegypti.

De norte a sul e de leste a oeste foram encontradas larvas do mosquito da dengue. Os bairros com maior quantidade de larvas encontradas foram Parque Nova Esperança 2, Pedra 90, Jardim Gramado, Dom Aquino, Pedregal, Recanto dos Pássaros, Ribeirão do Lipa, Jardim Vitória, 1º De Março, João Bosco Pinheiro.

Suelen Alliend, secretária Municipal de Saúde, explica que, devido ao aumento da quantidade de chuvas neste ano, a proliferação do mosquito da dengue aumenta significativamente.

“Estamos trabalhando para combater a proliferação do mosquito, com estratégias de controle vetorial e estratificação das áreas de risco. A ação principal são as visitas bimensais, com o objetivo de orientar a comunidade, impedir a reprodução de focos, evitar a formação de novos criadouros e executar o tratamento 100% de caixas d’água como medida complementar às orientações educativas”, esclareceu.

Uma pesquisa, divulgada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), revelou que 31% dos brasileiros acreditam que a dengue deixou de existir durante a pandemia de covid-19 no Brasil. No entanto, essa percepção vai na contramão dos dados do Ministério da Saúde, que apontou um crescimento de 43,5% nas primeiras semanas de 2022.

Vale lembrar que a prevenção deve ser feita por toda a sociedade. Quintais, calhas, caixas d’água e terrenos baldios devem sempre estar limpos. Recipientes que acumulem água, como vasos de flores, devem ser substituídos por areia, evitando assim criadouros de larvas e a procriação do mosquito Aedes aegypti.