Na entrevista coletiva após a vitória sobre a Sérvia, o técnico Tite falou sobre a lesão sofrida pelo atacante Neymar. O treinador da seleção brasileira mostrou confiança em contar com o jogador e disse não acreditar que Neymar vai ficar fora da Copa do Mundo.

Pode ter certeza que o Neymar vai jogar a Copa, tenho certeza absoluta disso. Ele vai jogar a Copa.”
— Tite, em entrevista coletiva.
Antes de responder as perguntas dos jornalistas, Tite fez um comentário sobre a lesão de Neymar, ao lado do médico da Seleção, Rodrigo Lasmar. Eles revelaram que o atacante permaneceu em campo mesmo após sentir o problema.
— Justamente em relação ao Neymar, quero fazer uma observação técnico e tático. Ele permaneceu, nos dois gols que fizemos, sentindo o tornozelo, porque a equipe precisava dele. Os dois lances, um que participou de forma decisiva, teve a capacidade de superação dele de dor esteve presente nos dois gols — afirmou.
O técnico comemorou efusivamente com outros membros da comissão técnica um dos gols sobre a Sérvia nesta quinta-feira. Ele tentou explicar o que passou naquele momento:

– Sentimento, às vezes, não explicamos, a gente sente. Ali aflorou, um trabalho de equipe. Vocês que acompanham sabem mais o quanto tem de trabalho por trás, do roupeiro, massagista, médico, para o atleta tenha sua melhor condição. Hoje o esporte atingiu um nível de exigência alto. Aí foi no impulso, dividimos a alegria com todo o estafe que nos dá esse respaldo todo – comentou.

Essa vitória sobre a Sérvia, a primeira do Brasil na Copa do Mundo 2022, foi a 58ª da Seleção sob o comando de Tite desde que ele assumiu o cargo, em 2016, em 77 jogos.

Na outra edição com o técnico, em 2018, a seleção brasileira empatou com a Suíça na primeira rodada, em 1 a 1, ganhou da Costa Rica na segunda por 2 a 0, e venceu a Sérvia por 2 a 0 — mesmo placar desta quinta-feira — na terceira e última partida da fase de grupos.

Tite durante a entrevista coletiva da seleção brasileira, após o jogo contra a Sérvia  — Foto: Raphael Zarko

Tite durante a entrevista coletiva da seleção brasileira, após o jogo contra a Sérvia — Foto: Raphael Zarko

O segundo jogo na Copa do Mundo, contra a Suíça, será no dia 28 de novembro, segunda-feira que vem, às 13h (de Brasília), no estádio 974.

Confira outros trechos da coletiva de Tite

Aprovação do esquema tático

– A equipe fez os 2 a 0 da mesma forma, só reposicionou as mesmas peças. Talvez a análise tática do teu comentarista pode falar que ele (Tite) só trouxe o Paquetá para uma função mais de meia, não vindo buscar, vindo mais de trás, a construção do 2-3-5 com alguns outros componentes. Mas ela foi o mesmo sistema. O 2 a 0 foi o mesmo sistema. Ele tem variação com um, com outro, com Fred, com Paquetá, a equipe tem essas variações.

Importância da vitória e ver o camisa 9 fazendo gols

– No contexto geral, a vitória foi convincente, sim, mas com diferentes jogos dentro do mesmo. O ritmo quando se joga no mundo árabe… A aceleração começa muito grande e vai caindo, caindo, caindo. Quem não tiver virtudes físicas e técnicas de mobilidade. Primeiro, às vezes a bola fugia, o domínio estava um pouco acelerado, no primeiro tempo. Não era o nosso padrão normal. No segundo tempo, reposicionamento, melhor a técnica. Reposicionamento principalmente do Paquetá na saída de dois, três, de ter mais um jogador no bolsão. As jogadas começaram a fluir mais. Antes de fazermos o gol já tinha a bola na trave do Alex Sandro, era um volume muito grande.

Sobre a confiança e maturidade da equipe

– É trabalho, é confiança do trabalho executado, é da característica de se manter a naturalidade qualquer que seja o local. Isso é muito difícil. O que a gente tenta é trabalhar com naturalidade. Eu passo para eles serem naturais. Se não o técnico chega aqui… Estreia, teve uma série de resultados surpreendentes, aí tu fica olhando toda hora já que é a última seleção a jogar, gera uma expectativa. Aí é o seguinte, se adquiriu confiança com o trabalho até agora, tenha coragem para continuar com confiança. Mas é difícil, chegou no intervalo eu tive que trazer para baixo o emocional. Uma das coisas que falo é que tem ‘pé de pelica’ de um cara que jogou bola, para baixar um pouco a adrenalina. No outro Mundial saímos empatando, saiu uma pressão muito grande. (GE)